Se você iniciou a contagem regressiva do ano e já registrou 3/365, atenção! 2020 é um ano bissexto e, por isso, teremos 366 dias. Sabe por que isso acontece? A Terra leva cerca de 365 dias e seis horas para completar uma volta em torno do sol. O dia extra é a soma das seis horas que sobram todos os anos, totalizando 24h, assim 6+6+6+6 = 24.
Na Roma Antiga, o calendário se baseava nas fases da lua para contar os dias. Com a ideia de alinhar o calendário ao ano solar, o imperador Júlio César pediu ao astrônomo Sosígenes que reformulasse o calendário para um sistema mais preciso. Esse novo formato foi chamado de calendário juliano e tinha 365 dias, divididos em 12 meses, com 30 e 31 dias. Para compensar as seis horas que ficavam de fora todos os anos, acrescentou-se um dia a cada quatro anos. Nesse calendário, o mês de fevereiro era o último do ano, por esse motivo, o dia extra foi incluso nele.
Em 1582, o papa Gregório 13 promulgou uma bula papal que alterava o calendário juliano, após novas análises realizadas pelo astrônomo Cristóvão Clávio. O objetivo era corrigir erros na relação das datas com o ano solar. Esse calendário é o que usamos atualmente: o gregoriano. Apesar de fevereiro não ser mais o último mês do ano, o dia extra ainda é acrescentado no segundo mês.
Já o nome do fenômeno, "ano bissexto", surgiu por outra razão. Fevereiro, no calendário juliano, era o último mês do ano. Decidiu-se que o dia extra deveria ser acrescentado no sexto dia antes das calendas (1º dia do ano), ou seja, 1º de março. Havia uma frase que nomeava e ao mesmo tempo explicava a regra: "ante diem bis sextum Kalendas Martias", que quer dizer "o sexto dia antes das calendas de março". Por ser longa, a frase foi reduzida a "bis sextus" e, hoje, bissexto.
Os anos bissextos são aqueles divisíveis por 4. No caso dos anos centenários, só será bissexto aquele que for divisível por 400; todos os outros centenários, como 2100 e 2200, por exemplo, não serão bissextos.