A terceira edição do Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia (FIINSA) culminou em uma celebração aos negócios que geram impacto socioambiental na Amazônia. Com a premissa “onde fazer fala mais alto”, o evento reuniu mais de 800 pessoas ativas no ecossistema de empreendedorismo social entre os dias 22 e 24 de outubro, em Manaus.
Entre imersões in loco, painéis temáticos, rodadas de pitching que já resultaram em investimentos em negócios e experiências sensoriais, o festival tinha o objetivo de promover trocas entre empreendedores, investidores, representantes de organizações dinamizadoras e lideranças sociais da floresta e das cidades.
De acordo com Marcus Bessa, co-fundador do Impact Hub Manaus, um dos realizadores do evento, a programação foi pensada para criar espaços de discussão sobre a Amazônia por pessoas da região. “A gente convidou, para compor os painéis, pessoas que já estão fazendo na Amazônia, que estão colocando a mão na massa e olham para as problemáticas, mas que pensam nas soluções. A ideia de toda a construção do FIINSA é: como que a gente pode avançar mais com as experiências de quem tá fazendo aqui no território”, ressalta.
Uma das novidades desta edição foi um dia de imersão onde os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto como negócios locais de impacto atuam. As experiências ocorreram no Sítio PANC, Parque das Tribos, Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Soul do Monte, Rip Art Reusa e Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE).
Além disso, mais de 50 marcas marcaram presença no Mercado Amazônia, feira colaborativa repleta de produtos amazônicos feitos de forma inovadora e sustentável, entre artesanato, biocosméticos, doces, alimentos orgânicos e agroflorestais, arte e moda local.
Durante o festival, os participantes também puderam vivenciar experiências sensoriais em um espaço pensado para reverberar o que é viver e estar na Amazônia. Em sete espaços diferentes, produtos, projetos e apresentações artísticas trabalham os sentidos como o tato, o paladar, a audição, o olfato e a visão.
Amanda Santana, diretora criativa e executiva da Tucum, participou do processo de curadoria. Ela explica que o objetivo era valorizar a cultura amazônica. “A ideia é fazer com que as pessoas se conectem um pouquinho através das experiências com esses saberes ancestrais porque são os povos indígenas que estão mantendo a floresta viva”, disse.
Cumprindo seu objetivo de fomentar o ecossistema de impacto na região, o festival promoveu, ainda, uma rodada de negócios em que 24 empresas tiveram a chance de apresentar seus negócios para investidores como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Grupo Rede Amazônica, Grupo Sabin, VOX Capital, PPBio, Yunus Social Business, MOV Investimentos, Rise Ventures e Marjom.
Ao citar os resultados do Festival, o diretor de novos negócios do Idesam, Mariano Cenamo, comemorou o fato de o público desta edição ser três vezes maior do que a sua estreia. “A força aqui é gigante, a energia que fluiu nessas salas nesses dias foi enorme. Duzentos e oitenta pessoas passaram pelas visitas de campo do primeiro dia, fizeram uma imersão a todo um universo de negócios de impacto. Foram 24 conexões entre investidores e empreendedores nas rodadas de negócios organizada pelo ForestFi. Além disso, tivemos 17 negócios fazendo pitching em salas fechadas. E eles vão levantar, nos próximos dias, mais de R$ 1,7 milhão”, enumerou Cenamo, durante o encerramento do Festival.