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65,3% acham que responsabilidade por testes de Covid-19 é do governo federal

Com o Brasil atingindo a maior taxa de contaminação de Covid-19 dos últimos 18 meses, laboratórios congestionados e as filas de espera para realização de testes para confirmação da doença aumentando, o instituto de pesquisa IDEIA decidiu entender a opinião da população sobre o acesso aos exames, autotestes e valores. O estudo também sondou sobre a vacinação infantil.

Para a grande maioria dos brasileiros, é responsabilidade do governo federal garantir o acesso à realização do exame de Covid-19, opção escolhida por 65,3% dos entrevistados. 16,6% defendem que a obrigação é do governo estadual e 12% das prefeituras. Já 4,4% acreditam que é o cidadão quem deve se responsabilizar e 0,7% dizem que são das empresas.

Mesmo com o baixo percentual defendendo que é responsabilidade do cidadão, 67,4% afirmam que comprariam testes de Covid-19 nas farmácias e fariam autoteste, se fossem disponíveis, contra 32,6% que não adquiririam.

A fatia que realizaria o teste em casa é ainda maior entre os com ensino superior (77%) e renda acima de 5 salários mínimos (79%), mas mesmo entre os que ganham até 1 salário mínimo a taxa foi superior, de 60%. "A pesquisa chama a atenção pelo alto grau de pessoas que estão dispostas a pagar por um autoteste de covid-19. Mesmo as pessoas que ganham menos, até um salário mínimo, têm interesse. Isso significa que a covid-19 está muito presente ainda na vida das pessoas para ter esta demanda tão grande", destaca o presidente do IDEIA, Maurício Moura.

"O governo Bolsonaro não deu prioridade à vacinação infantil do coronavírus", acha a maioria

Questionados sobre quanto estariam dispostos a desembolsar pelo teste de Covid, 60% respondeu que até R$ 50,00 e 30,3% entre R$ 50,00 e R$ 100,00.

A pesquisa ouviu 1.252 pessoas de todo o Brasil entre os dias 24 e 26 de janeiro, sendo 43,8% do sudeste, 26,8% do nordeste, 14,6% da região sul, 7,5% do centro-oeste e 7,3% do norte. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais, quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

50,1% avaliam que o governo federal não deu prioridade à vacinação infantil

Com relação à vacinação de crianças, que começou neste mês, metade dos respondentes acreditam que houve atraso no processo. Ao serem confrontados pela afirmação "O governo Bolsonaro não deu prioridade à vacinação infantil do coronavírus, levando mais tempo para disponibilizar a vacina para crianças acima de 5 anos", 50,1% dos respondentes concordaram com a afirmação, 30% escolheram "nem concordo, nem discordo" e 9,9% discordaram. "O Nordeste é o que mais concorda com a afirmação e é justamente nesta região que o presidente Jair Bolsonaro tem dificuldade em atrair eleitores, conforme mostra nossas pesquisas de intenção de voto", lembra Moura.

Fonte: Caravelas Consultoria

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