A Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Amazonas (OAB/AM) foi enviada ao município de Manacapuru – há 98 quilômetros de Manaus- na manhã de ontem (12), para apurar denúncias de incêndio ao carro de um funcionário do advogado Heuler Barreto. A vítima alega perseguição política orquestrada pelo atual prefeito e candidato a reeleição, Betanael Dangelo (Patriotas).
O advogado do prefeito, Christian Galvão, disse à reportagem que não recebeu intimação sobre o ocorrido, mas sugeriu que o próprio Heuler teria incendiado o carro para incriminar Betanel.
Heuler Barreto presta serviço ao candidato à prefeitura, Angelus Filgueira (PSC), e esclareceu que o incêndio ocorreu durante a madrugada desta quinta-feira. Segundo ele, o veículo depredado estava em frente a sua residência e pertence ao estagiário Heliandre Junior.
“Por volta das 4 horas da manhã nós escutamos um barulho alto, um estouro, e quando olhei pela janela vi o fogo quase alcançando a rede elétrica e o carro foi consumido [pelo fogo]”, narrou o advogado.
Heuler, acredita que o ocorrido teve motivação política, pois como defensor da coligação opositora ao atual prefeito moveu ações que foram acatadas pelo Ministério Público Eleitoral do Amazonas (MPE/AM). A principal está relacionada ao um suposto esquema corrupção na Prefeitura do município onde funcionários fantasmas estariam em uma folha paralela utilizada para financiar os cabos eleitorais de Betanael.
“Eu acredito que isso acirrou a disputa [...] Como nós somos o principal opositor dele e com chances reais de ganhar eu acredito que ele tentou me intimidar”, contou.
Dois dias antes do incidente, o advogado afirma já foi intimidado diretamente por policiais militares que realizam a segurança do prefeito e indiretamente pelo secretário do Intras, Coronel Cletiman, que enviou mensagens para um amigo de Heuler questionando “se valia a pena” as ações do advogado e, que, para ele a mensagem teve cunho ameaçador.
O advogado contou ao A CRÍTICA que o caso foi denunciado também ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AM), mas até o fim dessa edição não houveram publicação sobre o ocorrido no Mural Eletrônico. A OAB Amazonas reforçou que a Procuradoria de Prerrogativas já está habilitada no processo apurando o ocorrido e que se mantém firme contra a violação de Prerrogativas da Advocacia.
Fonte: Portal A Crítica