“O Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) já disse que essas áreas (região do rio Amazonas) não são áreas indígenas, ou seja, são áreas que a atual legislação permite a exploração do petróleo e do gás. Só que aí vem o jabuti, e a Agência Nacional de Petróleo (ANP) está dizendo que essas áreas são terras indígenas, o que é uma contradição, pois o Ipaam e a Funai (Fundação Nacional do Índio) revelam em um estudo que elas não são áreas indígenas”.
A declaração é do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto nesta quarta-feira (12), durante discurso no plenário Ruy Araújo sobre um estudo apresentado pelos órgãos ambientais do Estado e uma autarquia federal.
Segundo ele, “existem áreas no Estado do Amazonas, que podem se explorar o petróleo e gás e não são áreas indígenas”e nelas estão “a redenção do povo do Amazonas”.
Josué Neto explicou que essa atual problemática requer atenção, pois remete desenvolvimento, emprego e riqueza, por meio, da indústria do petróleo nos Estados. “A Texaco, Esso, as multinacionais americanas, árabes, européias, enfim querem vir para o Amazonas investir no petróleo, e aí a Agência Nacional de Petróleo está dizendo que não pode porque o que está ali é área indígena. O que a ANP fez? Ela retirou essas áreas dos blocos que podem ser explorados. Sabe o que Agência está querendo dizer com isso? Não, o povo do interior do Amazonas e também, claro, de Manaus tem que continuar na miséria. Nós não podemos explorar petróleo no Amazonas. É isso que Agência Nacional está dizendo”, revelou o presidente da Aleam.
Alternativas
Segundo Josué Neto, o Amazonas precisa buscar novas alternativas limpas que não destruam a natureza. “Não tem lugar nenhum do mundo que diz: ‘Nós estamos extraindo gás e acabou com a natureza, ou seja, é mentira. Quero deixar apenas muito claro, que quando falamos de exploração dos nossos recursos naturais nós não queremos ter novas matrizes econômicas para substituir o modelo Zona Franca de Manaus, não é isso, não é trocar um pelo outro, mas sim somar, agregar porque a Zona Franca não conseguiu realizar desenvolvimento, renda e emprego no interior do Amazonas”, finalizou o parlamentar.