Demorou, mas aconteceu. O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi indicado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (16) pelos crimes de lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva. Os delitos, segundo a investigação, foram praticados durante a campanha eleitoral de 2010 para o Palácio Bandeirantes.
Segundo informações de Bruno Tavares, da TV Globo, o indiciamento está ligado a uma investigação sobre doações da Odebrecht a campanhas eleitorais. As investigações tiveram início em 2017, quando a empresa fez delação premiada.
Alckimin foi candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB em 2002, 2010 e 2014 e candidato à presidência pelo mesmo partido em 2006 e 2018. Governou o estado entre 2001 e 2006 e entre 2011 e 2018.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de São Paulo. Marcos Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB, e o advogado Sebastião Eduardo Alves de Castro também foram indiciados.
O indiciamento acontece duas semanas depois da Operação Lava Jato atingir outro cacique tucano. O MP denunciou o senador José Serra (PSDB-SP) e a filha dele, Verônica, por lavagem de dinheiro na Suíça e realizou operação de busca e apreensão em endereços ligados ao também ex-governador.