Quatro pessoas do Amazonas foram incluídas no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecido como “Lista Suja”. A nova versão traz 159 empregadores, sendo 101 pessoas físicas e 58 jurídicas, um aumento de 20% em relação à atualização anterior.
Segundo a Auditoria Fiscal do Trabalho, os casos registrados ocorreram entre 2020 e 2025, resultando no resgate de 1.530 trabalhadores da exploração.
A “Lista Suja” é publicada semestralmente e busca dar transparência às ações fiscais de combate ao trabalho escravo, conduzidas por Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT), Polícia Federal (PF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e outras forças policiais quando necessário.
Entre os amazonenses citados:
Adalcimar de Oliveira Lima submeteu 11 trabalhadores a condições degradantes em uma área de floresta às margens da Floresta Nacional do Iquiri, em Lábrea.
Gilcimar Modesto da Silva mantinha dois trabalhadores em situação análoga à escravidão em uma fábrica de móveis na BR-174, zona rural de Manaus.
Haroldo Jatahy de Castro e Maria das Graças dos Santos Level mantinham, cada um, um trabalhador doméstico em situação semelhante à escravidão.
Denúncias
Trabalho análogo à escravidão pode ser denunciado de forma remota e sigilosa pelo Sistema Ipê, lançado em 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A plataforma é integrada ao Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo.