O Amazonas receberá, no próximo dia 29 de maio, o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). A certificação será concedida durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da entidade, em Paris, e representa um marco para a expansão da pecuária amazonense no mercado global.
O anúncio da conquista foi feito neste sábado (25/05), em Manaus, pelo governador Wilson Lima, que apresentou a comitiva oficial do estado que participará do evento na França. A reunião contou com a presença de pecuaristas e lideranças do setor agropecuário.
“Esse reconhecimento internacional é fruto de um esforço coletivo e comprova nosso compromisso com o desenvolvimento do setor primário. Estamos abrindo as porteiras do Amazonas para o mercado global”, afirmou Wilson Lima.
Segundo o secretário de Produção Rural, Daniel Borges, a certificação reforça o trabalho realizado ao longo dos últimos anos e projeta o Amazonas para novos mercados.
“Depois do reconhecimento nacional em 2024, agora conquistamos o selo internacional. Isso eleva a competitividade da nossa carne bovina e amplia as possibilidades de exportação para países exigentes como Japão, Canadá e Coreia do Sul”, destacou o secretário.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, comemorou a conquista e ressaltou o impacto positivo na cadeia produtiva.
“Essa certificação agrega valor à nossa produção e nos permite acessar mercados que remuneram melhor a carne bovina certificada. É uma conquista histórica para a agropecuária do Amazonas”, disse.
O pecuarista Francisco Helder também reconheceu o empenho do governo estadual na erradicação da doença e celebrou as novas oportunidades de comercialização de genética animal.
“Agora podemos levar a genética das raças Gir Leiteiro e Nelore para todo o Brasil e até para o exterior. O Governo do Estado e a Sepror estão de parabéns por esse resultado”, declarou.
Sobre a febre aftosa
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. A certificação internacional como zona livre sem vacinação permite a abertura de mercados mais exigentes e promove maior valorização dos produtos de origem animal, fortalecendo a competitividade da pecuária amazonense.