O dia 10 de março fica marcado no Amazonas como o dia em que o estado teve 100% dos municípios biometrizados. A solenidade de encerramento do procedimento aconteceu na cidade de Tefé e, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), as eleições de 2020 já adotarão a identificação dos eleitores através das impressões digitais, proporcionando maior segurança ao processo eleitoral, já que não há como um eleitor votar no lugar de outro.
O Secretário de Tecnologia da Informação, Rodrigo Camelo, relatou o processo de implantação do sistema biométrico no estado do Amazonas, descrevendo cada fase, desde a revisão nos municípios da região Metropolitana, incluindo Manaus, que foi um grande desafio logístico e tecnológico, dado que foram abertos vários postos de atendimento na cidade. O secretário mencionou todas as entidades civis e militares que deram suporte a esta tarefa de concluir esta revisão.
De acordo com o desembargador João Simões, presidente do TRE-AM, as dimensões continentais do estado do Amazonas foram os maiores desafios encontrados pelos técnicos do tribunal.
"Tivemos o suporte operacional das Forças Armadas, especialmente do Exército Brasileiro – 12ª. Região Militar e da Aeronáutica (Ala 8), que foi indispensável para que fosse viabilizado o atendimento nas comunidades rurais de difícil acesso, a partir da utilização de aviões de pequeno porte e helicópteros”, disse.
Histórico
A Justiça Eleitoral do Amazonas iniciou, no dia 22 de abril de 2013, na gestão do Desembargador Flávio Pascarelli, os trabalhos de recadastramento biométrico. A medida visa agilizar o atendimento ao eleitor, trazendo mais segurança ao processo eleitoral. Presidente Figueiredo foi o primeiro município do Amazonas a fazer uso da tecnologia de identificação digital que, posteriormente, estendeu-se por mais seis municípios da Região Metropolitana: Careiro da Várzea, Itacoatiara, Iranduba, Novo Airão, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Careiro e Autazes. Nessas cidades, a leitura biométrica foi utilizada no processo eleitoral de 2014.
Apesar de possuir mais de 50% do eleitorado do Amazonas, Manaus ficou de fora da primeira fase do cadastramento, pois a intenção era cadastrar os eleitores da capital somente após as experiências obtidas nas cidades menores. Na capital do Estado, a coleta biométrica começou em 2014.
Esse processo foi otimizado com a implementação do agendamento via internet, que resolveu o problema das longas filas, com os eleitores sendo atendidos com hora marcada, procedimento que continua até os dias atuais. Em 30 de março de 2016 foi concluída a revisão biométrica da capital.
Os demais municípios foram alcançados primeiramente a partir da instalação dos kits de biometria nos cartórios eleitorais, com o respectivo treinamento dos servidores, de forma que a partir daquele momento o município pudesse ter seus eleitores cadastrados biometricamente.