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Em cerimônia que aconteceu em uma balsa, sobre as águas do Rio Negro e a visão grandiosa da ponte jornalista Phelippe Daou, a Amazonas Energia inaugurou o circuito de cabos aéreos da nova linha de transmissão trifásica de 69 kV, que, definitivamente, vai colocar fim aos apagões nos municípios de Iranduba e Manacapuru.

— O consumidor teve razão em reclamar, mas esse problema não foi criado por nós. A solução sim: em  65 dias o sistema estava operando regularmente 100%”, garantiu o diretor administrativo Tarciso Rosa, explicando que a solução foi a construção de uma linha sob a ponte, em substituição aos cabos subaquáticos que vinham sendo utilizados nos últimos anos.

O deslocamento da imprensa para cobrir o evento foi feita em lanchas a jato, saindo do porto Trairí às 11h30. Mas a espera pelo evento foi longa. A cerimônia só começou às  14h15, quando o governador Wilson Lima chegou, sem a companhia do ministro das Minas e Energia, almirante Bento Costa Lima Leite,  como havia sido anunciado.

O governador justificou  as botas sujas de lama, explicando que estava em Silves em companhia do ministro, acompanhando o início das obras do poço da Eneva, que para exploração do gás natural no Campo do Azulão, localizado entre os municípios de Silves e Itapiranga (a 203 e 225 quilômetros de Manaus, respectivamente).

Além de Wilson, a mesa diretora dos trabalhos foi composta pelo presidente do Conselho de Administração da Amazonas Energia, Orsine Oliveira, diretor-presidente Tarcísio Rosa  e por representantes dos municípios de Manacapuru e Iranduba. Quem abriu a cerimônia foi Rosa que destacou o tempo recorde de dois meses  na conclusão da obra,  executada por “pessoas de muito equilíbrio”.

— Tivemos  zero de acidente de trabalho,  o que é muito importante para a obra – disse o diretor, lembrando que foram cerca de 100 trabalhadores divididos em quatro equipes simultâneas trabalhando das 07h às 18h de domingo a domingo, para executar os serviços de implantação das estruturas tubulares e de concreto, lançamento dos cabos condutores, assim como três cadeias de isoladores.

Roubo de cabos

O sistema de cabos subaquáticos foi utilizado pela Eletrobras numa época em que não havia a ponte.  Mas, no dia 19 de julho, foi identificado um curto-circuito no cabo subaquático, há 53 metros de profundidade no Rio Negro, provocando, possivelmente, por uma tentativa de roubo de uma cabo subaquático  de  69 mil wolts.

— Obviamente quem tentou não está mais aqui para contar a história”, comentou Tarcísio Rosa.

As obras de instalação do circuito de cabos aéreos trifásicos de 69 kV, iniciaram no dia 8 de agosto e  levaram pouco mais de dois meses para serem concluídas.

— O investimento da Amazonas Energia foi de R$ 9 milhões para implementar uma extensão de 15 km de cabeamento e substituir o sistema de cabos subaquáticos danificados em julho deste ano, além de aplicar aproximadamente R$ 28,5 milhões na instalação de 80 grupos geradores que atenderam emergencialmente os municípios de Iranduba e Manacapuru, sendo 51 unidades na Usina Termelétrica (UTE) de Iranduba, com capacidade para geração de 40 MW, e 29 máquinas na UTE de Manacapuru que irão gerar 25 MW, totalizando 65 MW para os dois municípios – explicou Tarcísio Rosa.

O executivo chamou a atenção para um dado técnico: Juntos os sistemas elétricos de Iranduba.

Fala governador

O governador Wilson Lima fechou a sessão de discursos, fazendo um resumo de sua agenda ao Campo do Azulão,  garantindo que exploração do gás representará um novo ciclo de desenvolvimento econômico para o estado. Ele e o ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, participaram hoje, em Silves, do evento que marcou o início das obras da Eneva para exploração da reserva.  

 — Para vocês terem  uma ideia, com mudança da matriz na do diesel para o gás natural nas termoeletricas, 200 caminhões  deixaram de circular diariamente pelas ruas de Manaus – revelou o governador.

O governador parabenizou a Amazonas Energia pelo a conclusão recorde linha de transmissão e “ao vivo” autorizou seu secretário de Infraestrutura, eu estava presente, a construção da 3ª linha de transmissão, um pleito da Amazonas Energia. “Se houver garantia técnica pode construir. Está autorizado viu Amazonas Energia?”, disse governador arrancado aplausos na plateia.

Texto: Mário Adolfo / Fotos: Rafael Valentim, AE e Secom

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