Uma reunião marcada por professores sindicalizados para preparar manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que deve visitar Manaus nesta quinta-feira (25), teve a intervenção de três Policiais Rodoviários Federais armados que foram ao local perguntar quem eram os organizadores dos atos.
Os relatos foram compartilhados por participantes nas redes sociais e repetidos à reportagem do UOL por dois professores, que enviaram fotos da ação. A PRF não respondeu qual a motivação ou o embasamento legal da operação.
“Eu havia acabado de sair da sala para beber água e me deparei com os policiais e a ponta de uma metralhadora. Cheguei a pensar que eles eram do sindicato dos policiais e de repente estavam ali para aderir ao movimento. Fomos falar com eles e eles falaram que estavam cumprindo ordem do Exército Brasileiro”, afirmou à reportagem o professor de história Yann Ivannovick, que também preside a Frente Brasil Popular no Amazonas.
Ele diz que reunião havia sido marcada para as 17h na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Amazonas (Sinteam), no centro de Manaus. Às 16h30, ele afirma, os policiais chegaram ao local e afirmaram que acompanhariam a reunião.
Yann disse que explicou aos policiais que o ato era pacífico e teria como pauta manifestações contrárias ao “desmonte da educação”, “pela defesa da Amazônia e da Zona Franca de Manaus”. “Disse aos policiais que o que eles estavam fazendo na sede do sindicato era um ato atípico. E eles responderam que, para eles, o que nós estávamos fazendo é que era atípico”. Yann Ivannovick, professor de história em Manaus.
A assessoria de comunicação do CMA (Comando Militar da Amazônia) emitiu nota negando que tenha determinado a diligência no sindicato.
*Com informações do portal UOL