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Armas apreendidas no RJ têm inscrições do Comando Vermelho do Amazonas

Megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha encontrou fuzis com siglas e inscrições que indicam ligação de criminosos de outros estados com a facção

Fuzis apreendidos tem valor estimado de mais de R$ 5 milhões — Foto: Marcos Nunes/Globo/Reprodução

Durante megaoperação realizada na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, a polícia apreendeu 118 armas, incluindo 91 fuzis, com valor estimado em R$ 5,4 milhões. Em pelo menos três fuzis, foram encontradas inscrições que chamaram atenção das autoridades: as siglas “CV AM” (Comando Vermelho do Amazonas) e a frase “tropa de Manaus”, indicando possível utilização por criminosos de outros estados. As informações são do Globo.

O cálculo do valor do armamento considera R$ 60 mil para cada fuzil comercializado no mercado ilegal. Segundo investigações em andamento, parte dessas armas de alto poder de letalidade estava nas mãos de traficantes de outros estados que se abrigavam nas comunidades dominadas pelo Comando Vermelho (CV).

"Entre os 113 presos na operação, há traficantes de outros estados. As inscrições encontradas nas armas são indícios de que uma parte delas era usada por esses bandidos que vieram de fora do Rio", disse o delegado Carlos Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil.

Dos 91 fuzis apreendidos, 19 estavam com um grupo de 25 homens na Vila Cruzeiro, na Penha. Eles invadiram uma residência e fizeram uma moradora refém antes de serem cercados e detidos pela polícia. Parte do armamento contava com acessórios como luneta de precisão e mira holográfica, que aumentam a precisão dos disparos a grandes distâncias.

"A luneta permite atingir alvos a mais de 100 metros. Já a mira holográfica indica exatamente o ponto em que o disparo vai atingir",  explicou Vinicius Cavalcante, presidente do Conselho Empresarial da Associação Comercial do Rio e especialista em armas.

Além dos fuzis, foram apreendidas 26 pistolas, um revólver e 14 artefatos explosivos, todos em estado de utilização plena. A polícia informou que o armamento pode ter sido usado em confrontos contra os 2,5 mil agentes que participaram da operação. Todo o material será periciado, e a investigação busca rastrear sua origem.

Entre os 113 presos, a Polícia Civil identificou 33 chefes do tráfico de comunidades de outros estados, sendo dez da Bahia, além de detidos do Ceará, Amazonas e Pernambuco.

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