Depois do grupo Heineken anunciar que irá encerrar suas atividades no Amazonas, justamente no momento em que o decreto presidencial de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) interfere diretamente na permanência das empresas no Polo Industrial de Manaus (PIM), o presidente do PSDB-AM, ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, convoca os bolsonaristas do Estado a se unirem na defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM).
"Eu faço um apelo aos bolsonaristas do Amazonas no sentido de que peçam ao presidente para que reveja sua posição. É hora de mostrarem o seu valor e seu peso. Não podemos ficar agora nos dividindo em pró e contra Bolsonaro. Temos que mostrar em conjunto, que estão levando o Amazonas para a miséria, para a fome, para a destruição de patrimônios, para uma situação extremamente grave e que tem tocado muito fundo no meu coração e no coração de todos nós", disse Virgílio no vídeo publicado em suas redes sociais, na tarde desta sexta-feira (4.3).
No início desta semana, Arthur já havia ingressado com duas ações na Justiça Federal do Amazonas e no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a anulação do Decreto 10.979, assinado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro. As medidas foram feitas em conjunto com o vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho (PSDB), e a Associação Comercial do Amazonas (ACA), pedindo a suspensão dos efeitos do decreto até que seja julgado o mérito da matéria.
"Se o presidente Bolsonaro diz que recebe fulano e recebe beltrano, eu aceito conversar com ele com respeito e com dignidade", se dispôs Arthur Neto, ainda no vídeo publicado em suas redes.