Ex-senador, ex-prefeito de Manaus e com a marca de grande defensor da Amazônia, Arthur Virgílio Neto agora quer levar a discussão sobre a importância da floresta à República do país. Pré-candidato às prévias do PSDB para presidência, Arthur acredita que essa é uma ótima oportunidade para dar um choque de realidade no Brasil quanto às políticas ambientais.
“Minha candidatura às prévias nacional é para, também, levar discurso muito forte do Amazonas, para tirar de vez a ilusão daqueles que pensam que falar de Amazônia é provinciano. Eu considero que essas pessoas estão entorpecidas e precisam levar um choque de realidade”, defende o tucano, que tem mais de 40 anos de vida pública, sendo um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e atual presidente da executiva estadual no Amazonas.
“O Amazonas será sempre minha preocupação central, porque deve ser a preocupação central dos brasileiros. A floresta amazônica é saída para a grande crise econômica brasileira, é o maior banco genético do mundo e pode dar uma indústria de biotecnologia que redima esse país. Sempre vou pensar no Amazonas e terei participação muito ativa nas eleições de governador e senador do Estado”, completou Arthur Neto.
Além da preservação da floresta, do desenvolvimento sustentável e de uma forte corrente econômica a partir da biodiversidade, Arthur também defenderá em seu discurso a criação de um movimento entre os partidos de centro, a partir da união e convergência de ideais, a fim de despolarizar as eleições presidenciais de 2022.
“Creio que temos todas as condições para escolher um candidato forte e competitivo. Tem que haver uma grande compreensão dos partidos, as propostas devem ser claras e os compromissos nítidos. Temos que estabelecer um centro parecido com o que se vê atuar na Europa e esquecer de uma vez aqueles estigmas de cargos, posições e nomeações. Agora, é uma hora de vida ou morte para o futuro do país”, aponta Virgílio.
Ainda segundo o ex-senador tucano - que foi líder do governo Fernando Henrique Cardoso e líder das oposições no Senado ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva - é preciso tempo para se mobilizar as militâncias e os partidos em torno desse candidato de centro forte e competitivo. “Eu entendo que o ideal seria termos força para quebrar essa polarização e, para isso, é preciso ter tempo para discussão no partido, do partido com suas bases e com as cidades todas do país, por isso prego prévias para 2022”, disse.
As prévias do PSDB para presidência da República estão, inicialmente, marcadas para outubro, mas há uma discussão para que se adie a votação para o ano que vem.