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Arthur revela que compra de ônibus na gestão Amazonino virou um problema diplomático

Em entrevista a um site de notícias local na manhã desta terça-feira, 21/5, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, revelou que a dívida das empresas do transporte coletivo da capital, que se acumulam desde a gestão do ex-prefeito Amazonino Mendes, criou uma crise diplomática com a Suécia .

Segundo Arthur, durante o governo de Amazonino Mendes as empresas de transporte foram obrigadas a comprar, de uma só vez, 366 ônibus novos, sendo alguns deles articulados e, por terem carroceria e motores da empresa sueca Volvo, foram negociados com pagamento em dólar.

“Eles fizeram os empréstimos [à época] com dólar a R$ 1,80, sem fazer o chamado Hedge, que é a proteção cambial. Ou seja, faço um negócio e digo que é R$ 1,80, mas se o dólar subir para R$ 4, continuaria em R$ 1,80 a prestação do ônibus. Isso não foi feito e a dívida, agora, está muito difícil de pagar”, detalhou o prefeito. “Foi uma irresponsabilidade enorme. Falta de conhecimento em economia, do ponto de vista de quem governava, e falta de conhecimento dos empresários que não estavam acostumados a fazer esse tipo de operação”, completou.

O prefeito afirmou, ainda, que, além de problemas financeiros no sistema de transporte, deixando os empresários endividados e sem crédito para novos financiamentos, a negociação causou embaraços diplomáticos para o Brasil. “Eu tenho respondido por isso. Tenho dialogado com a embaixada sueca, com o Itamaraty. Disse ao embaixador e disse ao pessoal do banco HSBC que poderiam ter sugerido o Hedge. Como bons negociantes, deveriam ter avisado que poderiam fazer a operação com ou sem a proteção”, finalizou.

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