O "Cabaré Chinelo", espetáculo do Ateliê 23 indicado ao 34° Prêmio Shell de Teatro, está de volta para nova temporada e inicia a série de apresentações pelo Teatro Gebes Medeiros (Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro), nos dias 22 e 23 de fevereiro, às 20h. Os ingressos antecipados já estão disponíveis por R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira) nos sites atelie23.com, ShopIngressos.com e pelo Instagram (@atelie23).
O diretor da companhia e do espetáculo, Taciano Soares, destaca que a venda de ingressos vai ser antecipada a cada duas sessões.
"Nossa proposta é vender todas as datas com antecedência para que o público consiga se programar", afirma Taciano Soares, que divide o comando do Ateliê 23 com Eric Lima. “No primeiro semestre, a participação do ‘Cabaré Chinelo’ no Festival de Curitiba, no mês de abril, vai ser um marco para a companhia junto com a indicação do espetáculo ao Prêmio Shell de Teatro”, comenta o diretor.
Teatro Amazonas
Em março, no dia 22, o "Cabaré Chinelo" faz a única apresentação do ano no Teatro Amazonas. Segundo o diretor, no dia 20, acontece o lançamento do álbum com a trilha sonora do espetáculo no palco do maior patrimônio histórico do estado.
"Gravamos um álbum musical da peça, vamos distribuir nas plataformas digitais e o lançamento será no Teatro Amazonas, com a participação da Orquestra de Câmara e regência do maestro Marcelo de Jesus", detalha Taciano Soares.
Com 17 artistas em cena, a peça conta com Vivian Oliveira, Sarah Margarido, Andira Angeli, Julia Kahane, Thayná Liartes, Fernanda Seixas, Daphne Pompeu, Daniely Peinado, Vanja Poty, Ana Oliveira, Bruna Pollari, Allícia Castro, Taciano Soares e Eric Lima, além dos músicos Yago Reis, Guilherme Bonates e Stivisson Menezes.
O projeto, em parceria com a companhia de teatro argentina García Sathicq, tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), além da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Fondo de Ayudas para las Artes Escénicas Iberoamericanas – IBERESCENA.
Projetos da companhia
Taciano Soares pontua que 2024 para o Ateliê 23 reflete o investimento em políticas públicas através dos editais, com projetos que vão ser realizados graças ao fomento municipal, estadual e federal.
“Entre eles, destaco o projeto da Funarte (Fundação Nacional de Artes) de apoio a grupos, no qual vamos ter o ‘Ateliê 23:10 anos’, para falar do que temos feito. A iniciativa abraça o fato fazermos documentário, reestrear peças de repertório, montar peças novas, abrir debates, incentivar a relação com a pesquisa e fomento de novas produções, novos artistas”, conta o artista. “O Ateliê vai ser uma miscelânea de projetos”.
Dentro da programação, por meio do Prêmio Funarte Circulação e Difusão da Dança - 2022, a companhia tem apresentação do espetáculo “Da Silva” em Recife, Caruaru, Belo Horizonte e Ouro Preto, além de Manacapuru e Itacoatiara, no interior do Amazonas.
Estreias
Na lista de novidades para este ano estão a montagem do novo espetáculo de teatro “Sebastião”, a gravação do novo curta-metragem “Pinheirinho” e o lançamento de dois livros: Bionarrativas Cênicas e de dramaturgias sobre mulheres contendo as obras do grupo “Helena”, “A Mulher que Desaprendeu a Dançar” e “Cabaré Chinelo”.
“O novo espetáculo, ‘Sebastião’, vai trazer a relação da homossexualidade e da religião cristã, esse direito que, muitas vezes, é negado sobre a fé de corpos gays; e o ‘Pinheirinho’ é o terceiro curta-metragem do grupo, com uma reflexão sobre ser artista a partir de uma história, sempre verídica, que vivemos em 2016”, explica Taciano Soares.
A companhia se prepara ainda para a realização de nova edição do APTA – Ateliê de Pesquisa e Treinamento em Atuação, em parceria com a extensão da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com orientação a novos artistas em suas criações cênicas.
Remontagens e sede ampliada
As peças “Da Silva”, “Helena” e “Ensaio de Despedida” estão confirmadas para 2024, em temporadas na sede do Ateliê 23, localizada na Rua Tapajós, 166, Centro de Manaus. O local também vai abrigar rodas de conversa sobre cinema e produção cultural.
“Todas as nossas ações, com exceção da temporada do ‘Cabaré Chinelo’, vão acontecer dentro do espaço do Ateliê 23, que, em fevereiro, volta a abrir as portas para o público, com uma sala de espetáculos ampliada”, destaca Taciano Soares. “É um lugar intimista para 60 pessoas, mas que vai receber essas ações, porque é assim que construímos a nossa história, ocupando muito a nossa sede e fazendo dela nosso trampolim para os processos que conquistamos em 10 anos”.
Repertório
Em agosto de 2024, o Ateliê 23 completa 11 anos de atuação no cenário cultural amazonense. A companhia tem 30 espetáculos, cinco shows e quatro obras audiovisuais no repertório.
A principal característica do grupo é trabalhar com histórias reais, objeto da tese de Doutorado “Bionarrativas Cênicas: Dispositivos de Comoção em Obras do Ateliê 23”, defendida pelo diretor Taciano Soares na Universidade Federal da Bahia.
Entre obras de sucessos de público e crítica estão “Helena”, selecionado para a mostra a_ponte: cena do teatro universitário do Itaú Cultural e indicado ao Prêmio Brasil Musical; “da Silva” e “Ensaio de Despedida”, indicados para o projeto Palco Giratório, do Sesc; “Vacas Bravas” e “Persona – Face Um”. Este último colocou em pauta o tema transfobia e ficou um ano e meio em cartaz.
Grupo premiado
Em 2023, o Ateliê 23 foi indicado ao 34° Prêmio Shell de Teatro, com o espetáculo “Cabaré Chinelo”, na categoria "Energia que Vem da Gente", que premia iniciativas relacionadas ao universo teatral com impacto social positivo. O resultado vai ser divulgado no dia 12 de março, em São Paulo.
O Ateliê 23 também venceu duas categorias do 22º Prêmio Cenym de Teatro Nacional, da Academia de Artes no Teatro do Brasil, “Melhor Companhia” e “Melhor Figurino”, com o espetáculo “Cabaré Chinelo”. A peça foi indicada ainda como “Melhor Elenco” nesta edição.
No 17º Festival de Teatro da Amazônia, realizado em outubro, o “Cabaré Chinelo” conquistou três prêmios: “Melhor Espetáculo”, “Direção” e “Melhor Figurino”. A peça foi indicada nas categorias “Melhor Atriz”, com Vivian Oliveira, “Melhor Ator” e “Trilha Sonora”, com Eric Lima.
A companhia conquistou o prêmio de melhor atuação nacional no 8º Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás, com o personagem Belinho, vivido por Taciano Soares no filme “A Bela é Poc”, primeiro curta do grupo.
Desde a estreia, em outubro de 2021, no Teatro Amazonas, o curta “A Bela é Poc” tem circulado por festivais, como Circuito Penedo de Cinema, em Alagoas; edição de 2022 do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte, na capital amazonense; Shorts México, um dos maiores festivais de curtas-metragens da América Latina; e KASHISH Mumbai International Queer Film Festival, evento anual LGBT que acontece em Mumbai, na Índia. O filme, que faz parte de um projeto que inclui o clipe “Glowria” e a videodança “Azul”, participou ainda da “Expedição Cultural”, do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e foi exibido em nove cidades do interior.
Ateliê 23 lança nova temporada do 'Cabaré Chinelo'
Espetáculo tem apresentações confirmadas nos dias 22 e 23 de fevereiro, no Teatro Gebes Medeiros