As audiências de instrução e julgamento sobre o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que deveriam ser concluídas na quarta-feira (22) em Tabatinga (a 1,1 mil quilômetros de Manaus), foram adiadas. Problemas na conexão com a internet levaram a Justiça Federal a adiar o fim dessa etapa do processo, mas ainda não foi definida a nova data.
A Vara Federal em Tabatinga (AM) conseguiu ouvir 6 das 12 testemunhas previstas para as audiências de instrução, que são uma das últimas etapas processuais antes da decisão do juiz sobre encaminhar ou não o caso a júri popular.
As audiências foram realizadas entre esta segunda (20) e quarta-feira (22), e em todos os dias houve problemas técnicos para a oitiva virtual das testemunhas.
O caso já havia sido adiado uma vez, em janeiro, mês em que deveriam ter ocorrido as audiências de instrução. Como apontou a Justiça Federal, as razões para o primeiro adiamento foram uma falha de comunicação da própria Justiça e uma indisponibilidade de salas para que os réus acompanhassem as audiências, feitas por videoconferência.
Os suspeitos estão em penitenciárias federais de segurança máxima em atendimento a um pedido da PF (Polícia Federal) e por decisão da Justiça.
As audiências deveriam ter servido para oitiva de testemunhas de acusação, de defesa e dos próprios réus. Foram ouvidas testemunhas de acusação, e os denunciados só prestarão depoimento no processo quando todas as testemunhas forem ouvidas.
O juiz do caso, Fabiano Verli, vai marcar novas audiências para conclusão dessa fase do processo.