A BioAmazon, empresa de base tecnológica especializada no desenvolvimento de bioinsumos para o agronegócio, inaugurou nesta sexta-feira, 23/05, sede própria no Distrito Industrial I, em Manaus. O novo espaço marca um salto na capacidade produtiva da startup e reforça o compromisso com a valorização da biodiversidade amazônica. Isso porque a empresa oferece produtos capazes de substituir parte dos fertilizantes químicos tradicionalmente utilizados na agricultura brasileira — como nitrogênio, fosfatados e potássio — que, atualmente, ainda são majoritariamente importados.
Durante a cerimônia de inauguração, o CEO Augusto Bucker destacou que a BioAmazon nasce com um diferencial estratégico: transformar micro-organismos da própria região em soluções de alto desempenho para culturas agrícolas. “Nosso foco é desenvolver produtos a partir da biodiversidade amazônica, especialmente micro-organismos coletados do solo onde as lavouras estão inseridas. Isso garante maior adaptação às condições da região e resultados superiores no campo”, explicou.
Segundo Bucker, a empresa está preparada para produzir entre 3 a 4 mil litros de bioinsumos por mês, o que permitirá atender uma área de até 8 mil hectares mensalmente. Antes da inauguração, a produção era restrita a pequenos volumes para pesquisa e desenvolvimento.
A BioAmazon mira especialmente o mercado da região Norte, ainda carente de bioinsumos adaptados às condições edafoclimáticas locais.
“Não existe no mercado produtos feitos com cepas selecionadas da região. E isso faz diferença: são organismos mais eficazes, adaptados ao solo, pH e clima”, reforçou o executivo.
Mais que vender um produto, a BioAmazon aposta em um modelo de acompanhamento técnico junto ao agricultor. “Nosso trabalho é de formiguinha. Vamos ao campo, mostramos os resultados e reduzimos o uso de químicos, especialmente agrotóxicos. Muitos agricultores valorizam isso, porque também reduz o contato com substâncias tóxicas”, afirmou.
A nova sede também marca o início de uma nova fase comercial para a empresa, que aposta no crescimento sustentável aliando tecnologia, assistência agronômica e valorização da floresta.
Você pode conhecer mais da empresa no site https://bioamazon.tech e na rede social https://www.instagram.com/bio.amazon.
Entenda como a BioAmazon pode transformar sua lavoura
O que são bioinsumos?
São produtos naturais feitos com micro-organismos da biodiversidade amazônica. Eles funcionam como biofertilizantes (para nutrição do solo) e biodefensivos (para controle de pragas).
Para que tipo de cultura eles servem?
Podem ser usados em lavouras diversas — tanto nas culturas regionais quanto em plantas perenes. São adaptáveis a diferentes tipos de solo da Amazônia.
Qual é a vantagem para o produtor?
Economia! Os bioinsumos são mais baratos que os químicos tradicionais. Além disso, ajudam a aumentar a produtividade da lavoura.
É seguro para quem aplica?
Sim. Como são naturais e não tóxicos, evitam o contato com substâncias perigosas, protegendo a saúde de quem lida diretamente com a lavoura.
Qual o impacto ambiental?
Os produtos são biodegradáveis e reduzem o uso de agrotóxicos e pesticidas, preservando o solo, os lençóis freáticos e a fauna local.
A BioAmazon oferece suporte técnico?
Sim. A empresa fornece acompanhamento agronômico para orientar o uso correto e garantir os melhores resultados na aplicação.

FPFtech
A parceria com a WIT Incubadora e a Fundação Desembargador Paulo Feitoza (FPFtech) foi fundamental para o desenvolvimento da BioAmazon. Além do espaço físico e da infraestrutura, a startup se beneficiou de mentorias, conexões com outras empresas e oportunidades de captação de recursos. ‘’A FPFtech acredita muito nessa pauta e está totalmente alinhada com a nossa missão. É um orgulho apoiar a BioAmazon nesta trajetória”, afirmou Luís Braga, CEO da FPFtech.
‘’Isso é um ponto muito positivo porque eles conseguem diminuir custos na sua produção e combater pragas sem a utilização de agrotóxicos. Outros benefícios do uso dos bioinsumos são que eles promovem maior crescimento, diminuição de custo’’, afirmou Augusto Bücker, CEO da empresa. Ele destacou ainda que, com o fortalecimento da produção em maior escala, será possível atender mais agricultores, oferecendo produtos a preços até 50% mais acessíveis do que os insumos tradicionais.
A iniciativa também conta com o suporte técnico de instituições de pesquisa, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). "O importante é saber como esse produto chega à sociedade, e não apenas ficar restrito ao segmento acadêmico", ressaltou Nilton Falcão, agrônomo e pesquisador do INPA. Para ele, fortalecer a aproximação entre ciência e mercado é essencial para transformar o potencial científico da Amazônia em soluções empresariais.
