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Com mais de 50 anos de estrada, a Blue Birds Band engaveta neste período momesco as partituras das baladas de rock e vai buscar no fundo do baú as de marchinhas dos antigos carnavais.  Na última semana do carnaval 2020, a banda tem dois compromissos que, juntos, deve reunir aproximadamente 80 mil pessoas. O primeiro acontece dia 22  de fevereiro, sábado gordo, no tradicional carnaval do Educandos, que costuma atrair  mais de 50 mil foliões, de acordo com seu organizador, o ex-deputado Erasmo Amazonas.

A segunda apresentação será terça-feira na Banda Cinco Estrelas, no Centro de Manaus, que costuma arrastar mais de 30 mil pessoas à avenida Getúlio Vargas, onde o bar do Charles está encravado há mais de 20 anos.

— É muita responsabilidade, mas estamos no palco há tantos anos, que vamos girar de letra esses dois compromissos assumidos, com se fosse uma grande festa do tempo do Bancrevea e Cheick Clube que,  onde tocávamos no passado e que, por coincidência, ficavam justamente na Getúlio Vargas onde acontece a banda do Charles –, comenta Beto Sá, o Betão, líder da banda.

Não é pra qualquer um. Há cinco décadas a Blue Birds vem passado por diversas fases. Desde a cisão com membros da formação original, Betão vem batalhando para não deixar o sonho acabar. Já passou pelas mais diversas tendências do

sobreviveu ao fim da Jovem Guarda, à invasão da música americana, passou por lambadas, forró, sertanejos, axé,    pagodes, mas nunca abandonou o bom e velho rock. Se adaptou a algumas tendências musicas, mas nunca perdeu sua identidade. Prova da versatilidade da banda.

The Bue Birds Band tocou seu primeiro baile na Sociedade Atlética Guarda Aparecida, dos padres Redentoristas, no dia 17 de junho de 1967. Nos primeiros acordes, era formada por músicos lendários como José Chain, João Bosco Cavalcante, Hernani Siqueira,  José Dibo, Antônio Chauvin, Ananias Góes e outros. Beto Sá entrou na banda um ano depois e nunca mais saiu.

— Hoje, se olhar para trás, vamos concluir que quase 200 músicos já passaram pela banda”, diz ele.

Quem viveu essa história, hoje está com mais de 60 anos e tem autoridade para assinar embaixo e garantir que o carnaval do Amarelinho e do Cinco Estrelas está em boas mãos.

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