O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado nesta terça-feira no inquérito que investiga irregularidades relacionadas à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O caso apurado pela Polícia Federal (PF) ficou conhecido como “Abin paralela”. A informação foi publicada na rede de notícias CNN.
Além do ex-chefe de Estado, estão entre os indiciados o deputado Alexandre Ramagem, que foi diretor da Abin e o vereador Carlos Bolsonaro (PL).
As investigações indicaram que policiais, servidores e funcionários da Abin formaram uma organização criminosa para monitorar pessoas e autoridades públicas, invadindo celulares e computadores durante a gestão Bolsonaro.
Ao todo, 35 pessoas foram indiciadas.
Para a PF, Ramagem, que foi diretor da Abin sob Bolsonaro, estruturou o esquema de espionagem ilegal de pessoas consideradas pelo governo do ex-presidente como adversárias.
Carlos é apontado como o chefe do gabinete do ódio, que usava as informações obtidas ilegalmente para atacar publicamente os alvos por meio das redes sociais.
Bolsonaro, segundo os investigadores, sabia e se beneficiava do esquema.
Já a atual direção da Abin teria agido para obstaculizar as apurações, que se desenrolaram sob o atual governo.