A BR-319 foi tema de reportagem do Fantástico no domingo e está na pauta do discurso de quase todos os candidatos ao governo do Amazonas. Menos no de Amazonino Mendes (PDT). O homem que governou o Estado por quatro vezes e nunca fez nada pela pavimentação da rodovia segue em silêncio sobre o assunto. David Almeida (PSB) chegou a visitar a rodovia e Omar Aziz (PSD) também tem falado sobre o assunto.
Dava pra fazer
Incoerência também é o candidato ao senado, Alfredo Nascimento (PR) dizer que, se eleito, vai asfaltar a BR-319. Mas quando? O potiguar foi ministro dos Transportes oito anos e não mexeu uma palha para asfaltar a rodovia.
Atoleiro
Falando em BR-319, a Comissão de Infraestrutura do Senado convocou três ministros para prestarem esclarecimentos sobre as obras de manutenção, conservação e recuperação da rodovia. No gancho, vão ter que explicar também as questões relacionadas aos estudos de impacto ambiental necessários para as ações no local.
Convocação
O chamado foi feito pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Torquato Jardim, ministro da Justiça, Edson Duarte, do Meio Ambiente e Herbert Drummond, ministro-interino dos Transportes foram os nomes convocados pela senadora para falar sobre um dos projetos mais importantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A audiência será realizada nesta terça-feira.
Inédito
Vanessa destaca o ineditismo da ação. Esta é a primeira vez que conseguem reunir os principais ministérios do PAC no Senado.
— Vamos ver se as partes que estão em conflito conseguem chegar a um bom termo, pelo bem do país e da população do Amazonas e de Rondônia;
Aliado de peso
Omar Aziz (PSD) ganhou um aliado de peso na campanha. O Ministro da Educação, Rossieli Soares, que no domingo participou de uma reunião com lideranças religiosas da igreja Assembleia de Deus e pediu votos para o candidato do PSD ao governo.
Assina embaixo
Rossieli disse que foi secretário de educação de Omar e conhece o trabalho sério que ele fez na área.
—0 Sei que ele é o mais indicado para inovar e fazer a educação do Amazonas avançar”, afirmou – garantiu o ministro.
Guerra santa
A ida do vereador de Manaus Marcel Alexandre (PHS), pastor da Igreja da Restauração, para o arco de aliança de Amazonino tem como pano de fundo uma “guerra santa”.
O enviado
Candidato a federal, Alexandre foi escolhido pelo governador para “afrontar” Silas Câmara (PRB), irmão do presidente da Assembleia de Deus no Amazonas e apoiado por Omar Aziz (PSD).
Em nome do Senhor
A corrida por uma cadeira na Câmara dos Deputados é uma espécie de disputa para mostrar quem tem mais poder de convencimento dos fieis da igreja. De um lado a Restauração e do outro a Assembleia de Deus.
Vitória certa
Silas tem mostrado, ao longo dos anos, que conquistou a confiança dos assembleianos. Já Marcel Alexandre, segundo informações dos próprios fieis da Restauração, não tem o apoio de nem 50% da membresia. Sendo assim, Silas desponta como vencedor nessa luta.
Sem passado, sem futuro
Ninguém traduziu de forma tão precisa – e ao mesmo tempo triste –, a tragédia do Museu Nacional, do que o historiador e colunista da Bandnews FM no Rio de Janeiro, Milton Teixeira.
— O que adianta fazer Museu do Amanhã se perdemos o ontem.
Agora só na Suécia
O Museu Nacional continha o quinto maior acervo de antropologia do planeta, múmias egípcias com membros articulados – desejadas inclusive por autoridades egípcias – múmias incas, móveis da época do Império, além de um dos maiores acervos de insetos do mundo.
— Agora quem quiser ter acesso a um acervo semelhante pode viajar para a Suécia, França ou Itália – lamentou Milton Teixeira.
EM ALTA
Para o governo de Portugal que ofereceu ajuda ao Brasil para a reconstrução do Museu Nacional, destruído pelo fogo domingo. “A destruição do Museu é uma tragédia para o Brasil, mas também para Portugal”, divulgou o governo português.
EM BAIXA
O incêndio que destruiu o Museu Nacional é uma tragédia anunciada. Desde o histórico do museu até o momento do combate às chamas, o País mostrou descaso e incompetência. Desde 2014, a instituição não recebia integralmente a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção. O pior momento foi em 2015, quando o Museu chegou a fechar por falta de dinheiro. Não havia dinheiro para pagar serviços básicos como limpeza e vigilância. Naquele ano, 257 mil reais foram destinados ao espaço, praticamente a metade do valor ideal.