“Quem dita o ritmo da orquestra é o maestro. Quando ele encaminha o tom, para a orquestra tocar, no ritmo errado, tudo começa a desandar. Não só o presidente tem sido infeliz nas suas declarações, mas também o ministro da Economia e alguns de seus líderes.” A crítica foi feita pelo senador Eduardo Braga (MDB/AM) na noite desta terça-feira (21/05), em aparte a um discurso do senador Omar Aziz (PSD/AM), que cobrou do presidente Jair Bolsonaro explicações claras sobre quem estaria, segundo o presidente, fazendo conchavos ou chantageando o governo.
O líder do MDB disse que é preciso parar de criar crises onde não existe crise e destacou que o desrespeito e as acusações infundadas não construirão nada. O diálogo e até mesmo as posições contrárias são as bases da democracia, completou.
Eduardo citou como exemplo o rompimento entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o líder do governo na Câmara, Major Victor Hugo, anunciado pouco antes por Maia. O motivo do desentendimento foram declarações desrespeitosas por parte do governo não só com relação ao próprio presidente da Câmara, como com relação ao conjunto dos deputados federais.
Os senadores, na opinião do líder, vinham tendo muito boa vontade para com o Brasil e as reformas que precisam ser feitas para gerar emprego e renda – “não é boa vontade para com o governo que aí está, mas para com o Brasil”, salientou. Mas, segundo ele, “não é com acusações sem prova, sem legitimidade, com convivências muitas vezes agressivas dentro do Congresso e nas ruas brasileiras que nós vamos solucionar os problemas que o Brasil precisa enfrentar”.