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Braga Netto e Cid mantêm versões contraditórias em acareação no STF

Questionados sobre reunião e repasse de dinheiro, réus não convergiram nas versões

Foto: Rosinei Coutinho/STF

Durante acareação realizada nesta terça-feira (24/6) no Supremo Tribunal Federal (STF), o general Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid apresentaram versões divergentes sobre dois episódios investigados: uma reunião na qual teria sido discutida uma tentativa de golpe de Estado e a suposta entrega de dinheiro em espécie.

Segundo Cid, ele teria recebido uma sacola de vinho contendo dinheiro do general Braga Netto no Palácio da Alvorada, com a orientação de repassar os valores a militares. O repasse, de acordo com seu relato, teria ocorrido após uma reunião em que se discutiu uma possível mobilização a favor da permanência de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República, após o resultado das eleições de 2022.

De acordo com Cid, a quantia teria sido destinada ao custeio de transporte e hospedagem de manifestantes em Brasília, após o Partido Liberal (PL) se recusar a financiar a logística. Ele afirmou que a sacola estava lacrada, mas estimou o valor pelo peso.

Braga Netto, por sua vez, negou ter entregado qualquer valor ao tenente-coronel. O general afirmou que, diante da negativa do então tesoureiro do PL, coronel Azevedo, sobre a disponibilidade de recursos, orientou Cid a tratar diretamente com o partido e não voltou a discutir o assunto.

Durante o encontro, a defesa de Braga Netto questionou Cid sobre o motivo de não ter relatado o suposto repasse de dinheiro em seu primeiro depoimento à Polícia Federal. Cid respondeu que estava “em choque” com a prisão de colegas naquele dia, o que teria influenciado seu silêncio inicial.

A acareação faz parte das investigações conduzidas no âmbito do inquérito que apura a articulação de ações golpistas no pós-eleições de 2022.

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