A brasileira Daniela Costa, 35, está presa no Camboja há pelo menos seis meses após cair em um golpe internacional de falso emprego. De acordo com a família, a mineira foi atraída por uma oferta para trabalhar com telemarketing, que prometia salário, moradia e alimentação, mas se revelou uma armadilha de tráfico humano. As informações são da Band.
De acordo com a publicação, a prima da arquiteta, Karoline Maia, explica que, ao chegar ao país asiático, a vaga de telemarketing não era convencional.
A situação de Daniela se agravou quando a família enviou R$ 27 mil acreditando estar ajudando a arquiteta. Contudo, os criminosos teriam forjado uma situação, escondendo drogas no banheiro utilizado por ela, o que resultou na sua prisão.
A arquiteta divide atualmente uma cela com quase 90 pessoas, em condições insalubres, e chegou a ter uma infecção, demorando dias para receber atendimento médico.
Uma das suspeitas de ter recrutado Daniela para a Ásia publicou um vídeo em uma rede social rebatendo as denúncias da família, afirmando que a brasileira não teria recebido nem comida adequada na prisão.
Em nota oficial, o Itamaraty confirmou que acompanha o caso e presta assistência consular à arquiteta. O Ministério das Relações Exteriores informou que tem atuado de forma proativa nos casos de tráfico de pessoas no Sudeste Asiático. A gravidade do problema se reflete nos números: em 2024, 63 brasileiros foram identificados em situações análogas, sendo 41 deles na mesma região onde Daniela foi enganada.