O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão de defesa da livre concorrência vinculado ao Ministério da Justiça, pediu nesta quarta (7) a abertura de uma investigação para apurar se os postos aumentaram os preços dos combustíveis de maneira organizada durante o período de transição entre os governos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o ofício, assinado pelo presidente da autarquia, Alexandre Macedo, ao menos quatro estados registraram aumentos súbitos no preço dos combustíveis entre dezembro e janeiro. São eles:
- Distrito Federal
- Espírito Santo
- Pernambuco
- Minas Gerais
Para Macedo, essa subida repentina pode configurar colusão -quando concorrentes combinam de adotar uma conduta comercial, o que pode render multa e até cinco anos de prisão.
No ofício, ele pede que o Departamento de Estudos Econômicos do Cade peça à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) os dados sobre os preços dos combustíveis para fazer a investigação.
Fiscalização no AM
No Amazonas, por exemplo, o Procon-AM relatou que tem recebido reclamações de consumidores surpreendidos com o aumento repentino do preço da gasolina. Na capital amazonense, Manaus, o preço da gasolina comum chega a R$ 5. Com isso, o órgão tem mantido uma fiscalização nos estabelecimentos.