A Câmara Municipal de Manaus (CMM) vai mediar uma reunião entre os representantes do movimento de base dos trabalhadores da educação e a Prefeitura de Manaus para tratar da pauta de reivindicações da categoria. A decisão foi tomada em reunião realizada com o presidente da Casa Legislativa, Wilker Barreto (PHS), na presença de vereadores, na manhã desta quarta-feira, 27, quando representantes dos trabalhadores da educação foram recebidos pelo chefe do Poder Legislativo.
Os professores, desde cedo, fizeram protesto em frente à Câmara, chamando a atenção dos vereadores para suas reivindicações, entre elas, a prestação de contas do uso dos recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e CPI para apurar a aplicação dos recursos; repasse do resíduo do Fundeb, no valor de R$ 109 milhões, em forma de abono. Eles entendem que o cumprimento do PCCR, deve ser garantido por orçamento municipal, e política salarial efetiva, com o cumprimento imediato do PCCR em suas progressões por tempo de serviço e titularidade.
“O direito de greve é legítimo, mas temos que separar o joio do trigo, pessoas que de forma muito clara querem boicotar o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e o Prova Brasil (Avaliação Nacional do Rendimento Escolar). Manaus está acima de qualquer interesse de categoria. A Câmara vai cumprir seu papel de mediar negociações. Instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito tem que ter fato concreto e temos agora o Tribunal de Contas provocado que vai investigar”, disse Wilker Barreto.
De acordo com o presidente, na terça-feira (26), a prefeitura sentou com dez sindicatos da área da Saúde e decidiu que a mesma proposta de data-base para a saúde vai ser para a educação, assim como para as demais categorias. “Estamos falando de um Governo Municipal que há quatro anos dá reajustes e que tem um ganho real de 10%. O movimento é legítimo, legal e tem que ser ordeiro”, finalizou.