O Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) lançou, nesta segunda-feira (21), a campanha de doação coletiva “Um gol para Amazônia” com a meta de recuperar 7 hectares na Amazônia. A iniciativa visa à sensibilização da sociedade civil no combate ao desmatamento ilegal aproveitando a Copa do Mundo e a paixão do povo brasileiro pelo futebol. A ideia é chamar a atenção para a conservação da floresta em pé, pois até setembro de 2022, a área de floresta amazônica derrubada atingiu 9.069 km², o que corresponde a quase oito vezes a cidade do Rio de Janeiro (SAD/Imazon).
A arrecadação de recursos será feita por meio de plataforma no site do Idesam, onde pessoas, empresas e instituições poderão doar. As doações serão realizadas pelo sistema referência Doare, acessando doe.idesam.org, nas modalidades PIX, cartão ou boleto. Prezando pela transparência e prestação de contas, será disponibilizada uma página específica da campanha, informando a quantidade de “gols”, ou seja, doações realizadas e o proporcional em plantio de árvores, campos de futebol restaurados e famílias beneficiadas, pelo link: idesam.org/um-gol-para-amazonia, constando também um VAR, videoárbitro, demonstrando os valores arrecadados x áreas que serão recuperadas, tendo como base de cálculo o número de 1.000 árvores equivalentes a 1 campo de futebol, no valor de R$40,00 a unidade.
“Devemos respeitar e cuidar da Amazônia. Isso é uma questão social e, também, de cidadania. Por isso, queremos incentivar as pessoas a terem uma preocupação maior aproveitando essa paixão nacional pelo futebol e o conhecimento da dimensão de um campo oficial, afinal, sabemos que, nesse ano de 2022, já perdemos o equivalente a 9 mil campos de futebol para o desmatamento. Ou seja, o Idesam entrará em campo com um time de peso, para dar um cartão vermelho para o desmatamento ilegal. Com a campanha, queremos impactar produtores rurais, extrativistas e famílias que vivem e sobrevivem da floresta, promovendo a restauração dessas áreas”, destacou Paola Bleicker, diretora executiva do Idesam e idealizadora da ação.
“A ideia é que a campanha também mobilize influenciadores, atletas e torcidas de times de futebol de todo o país com a causa. Queremos criar uma grande rede de embaixadores que vão apoiar a campanha, como empreendedores sociais e outros agentes de mobilização que tenham afinidade com as questões socioambientais na Amazônia”, disse Paola.
Entre os principais objetivos, está a mensagem da importância de manter a floresta em pé para as presentes e futuras gerações. “Ecoaremos essa mensagem sobre a importância de mantermos a floresta em pé, restaurando o que já foi destruído e conservando o que ainda está preservado. É um grande desafio que gostaríamos de compartilhar com o máximo de pessoas possíveis, fortalecendo essa grande rede de apoio”, completou.
As áreas recuperadas com plantio de mudas estão dentro das atividades do Idesam em municípios do interior do Amazonas, como Apuí e São Sebastião do Uatumã. Para Elizângela Cavalcante, líder do Grupo de Trabalho do Plano de Manejo da associação da RDS do Uatumã e gestora da movelaria localizada na RDS, o trabalho do instituto junto às comunidades da região amazônica é essencial para incentivar os ribeirinhos e comunitários a cuidarem da floresta e promoverem o sustento de suas famílias.
“Os laços do Idesam fortalecem nosso trabalho. A equipe sempre vem com alguma coisa nova para melhorar, vejo que eles sempre querem ajudar. E nós acreditamos no trabalho do Idesam, saber que estamos com a instituição certa, isso nos deixa motivados a continuar trabalhando. A equipe nos dá orientação e assessoria técnica para desenvolvermos nosso trabalho. Temos produtos da movelaria, da agricultura, do extrativismo. Produtos que não existiam no mercado e hoje agora temos aqui na RDS, graças a cada colaborador deles que chega aqui e nos apoia”, afirmou.
Para mais informações sobre como doar e apoiar a campanha “Um gol para Amazônia”, basta acessar a página no link: idesam.org/um-gol-para-amazonia.
Sobre o Idesam
O Idesam é uma Oscip com atuação na Amazônia Legal desde 2004. Em 2022, teve o reconhecimento como uma das 100 melhores ONGs do Brasil e o Prêmio Empreendedor Social- Inovação em Meio Ambiente pela Folha de São Paulo e Fundação Schwab. O propósito do Instituto é promover uma nova economia de base inclusiva e sustentável na Amazônia, criando conexões aos atores de suas cadeias de valor e apontando novos caminhos inovadores para a conservação e a redução da pobreza. Até o momento, os indicadores são de 8,5 milhões de hectares de florestas conservadas em 34 territórios na Amazônia; 6 mil famílias impactadas e 23 organizações sociais envolvidas. Coordena e apoia as iniciativas estratégicas AMAZ Aceleradora de Impacto, Programa Prioritário de Bioeconomia, Inatú Amazônia, Café Apuí Agroflorestal e Programa Carbono Neutro, além da secretaria executiva do Observatório da BR-319.