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Campanha de multivacinação é prorrogada até o dia 30 de novembro no Amazonas

Sarampo, rubéola, difteria e poliomielite são algumas das doenças eliminadas do país, mas que podem ser reintroduzidas devido às baixas coberturas vacinais. É o que alerta a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). Com mais de 30 dias de duração e sem atingir a meta vacinal, tanto a campanha de vacinação contra poliomielite (paralisia infantil) como a de multivacinação foram prorrogadas pelo Ministério da Saúde até o dia 30 de novembro.

No Amazonas, a cobertura vacinal de poliomielite atingiu 45,12%, até o dia 29 de outubro, dia de encerramento da campanha. A meta é vacinar, pelo menos, 95% dos grupos prioritários, que são crianças de 1 a 4 anos, para poliomielite, e de crianças e adolescentes para atualização das demais vacinas da caderneta vacinal.

Dados parciais do Programa Nacional de Imunizações da FVS-AM (PNI/FVS-AM) demonstram que foram vacinadas, até a última quinta-feira (29/10), 144.532 crianças de um total de 306.602, com alcance de cobertura vacinal de 45,12%.  A meta de cobertura vacinal, que é de 95% nos grupos-alvo, foi alcançada apenas nos municípios de Silves (99,24%), Canutama (96,47%) e Amaturá (96,76%).

Existe a possibilidade de retorno de doenças eliminadas, devido à deficiência vacinal. É o que explica a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto. “Há um esforço coletivo entre os serviços de saúde para manter disponíveis todas as vacinas preconizadas no calendário vacinal da criança. No entanto, é percebida a baixa adesão aos pais ou responsáveis para vacinar essas crianças”, disse.

Rosemary lembra que o mundo todo está à espera de uma vacina contra a Covid-19, mas há outras doenças que podem retornar ao nosso convívio por conta da falta de vacinação. “Vacinar é o maior ato de amor com as crianças, pois é por meio delas que os pequenos se mantêm saudáveis dentro da família”, disse.

A coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização na FVS-AM, Izabel Nascimento, aponta que as campanhas de vacinação devem ser mantidas sem prejuízo para as atividades de rotina dos serviços de saúde.

“A recomendação é que as doses existentes devem continuar sendo destinadas aos grupos prioritários da campanha. Enfatizamos a importância de todos os municípios atuarem no sentido de ampliar a adesão à campanha de vacinação”, afirmou.

Izabel salienta ainda que a meta de 95% de cobertura vacinal é uma exigência do Ministério da Saúde. “É importantíssimo alcançar essa meta, e a prorrogação é a oportunidade para que os grupos prioritários sejam alcançados. Por isso, fazemos mais uma vez o alerta para que pais e responsáveis levem seus filhos para se vacinar”, disse Izabel.

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