Uma audiência que começou na quarta-feira, 30/01, sobre denúncia de perseguição no Batalhão de Operações Ribeirinhas terminou com o denunciante, um fuzileiro naval, preso. Horas após a audiência, enquanto o militar estava detido, o carro dele pegou fogo. A ocorrência do incêndio foi registrada no 7º Distrito Integrado de Polícia (DIP), da Polícia Civil, no São Lázaro, zona Sul. A autoridade policial deve requisitar uma perícia para ser realizada pelo Instituto de Criminalística.
A advogada do fuzileiro, Ingrid Ossuosky, disse que as perseguições partem de um tenente do Batalhão de Operações Ribeirinhas. O caso ocorre desde 2017. O fuzileiro naval teve violada algumas restrições médicas por parte do tenente.
Foi aberta uma sindicância e uma audiência ocorreu nesta quarta-feira, 30/01, quando fuzileiro acabou preso. Por volta das 17h30 a audiência teve início. O termino foi por volta de 20h, momento no qual o fuzileiro ficou detido no batalhão.
Segundo a defesa do fuzileiro, a Marinha ignorou todas as provas e os relatos das testemunhas na sindicância e determinou que o militar ficasse detido por três dias.
A detenção, segundo a defesa, ocorreu porque, segundo a Marinha, o fuzileiro havia injuriado e desrespeitado o tenente. Porém, todas as provas que constam na sindicância não foram avaliadas.
Na madrugada de quinta-feira, 30/01, o carro do fuzileiro pegou fogo dentro da Vila Buriti, uma vila militar que pertence à Marinha, localizada próxima ao batalhão. Segundo a defesa, o carro estava parado há dois dias.
Em nota, a Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 9º Distrito Naval, informou que a audiência disciplinar em questão obedeceu rigorosamente aos preceitos legais e regulamentares atinentes ao caso concreto, inclusive, quanto aos direitos de ampla defesa e contraditório. Quanto ao incêndio, “a Marinha do Brasil determinou a instauração do competente inquérito policial militar para apurar as causas e circunstâncias do sinistro”.
*Com informações do portal Toda Hora