Com 29 anos de história, a Casa do Bacalhau, situada na Avenida Umberto Calderaro, cerrou suas portas definitivamente e Manaus perdeu um de seus mais tradicionais restaurantes. De acordo com o gerente Rubens Brito, o ‘Bem-te-vi’, o motivo para o empresário José Antônio Guerra fechar o restaurante foi a falta de estacionamento, que ocorreu com a construção de grandes prédios ao redor da casa, além do fluxo de carro que transita pela avenida, impedido o estacionamento dos cliente.
— O Guerrinha está muito triste. A Casa do Bacalhau era a sua paixão – comenta Rubens, que foi garçon e depois gerente da casa por 27 anos. Há um ano ele foi transferido para a Portucale, um restaurante de bacalhau, na rua Rio Madeira, Vieiralves, de propriedade da filha de Guerra, a empresária Ana Cláudia Guerra, que herdou o mesmo estilo da casa famosa do pai.
O apelido Bem-Te-Vi, de Rubens, foi dado pela festejada colunista Elaine Ramos (já falecida), inspirada no garçon da novela Marron Glacê, da Rede Globo, que era chamado de Beija-Flor e seduzia todas as socialites que frequentavam o restaurante onde ele trabalhava,
A Casa do Bacalhau iniciou suas atividades em 1989 com o empresário Ayrton Aquino, que logo em seguida repassou para Guerra. Embora nunca tenha tido uma frequência das mais populares, a casa recebia clientes famosos com os empresários de comunicação, Umberto Calderaro (A Crítica) e Hermengarda Junqueira (Em Tempo). Políticos como Amazonino Mendes, Eduardo Braga, Bernardo Cabral, Átila e Belarmino Lins também eram frequentadores assíduos, além de intelectuais como os poetas Luiz Bacelar (já falecido), Thiago de Melo.
Portucale
Rubens Bem-Te-Vi acredita que os frequentadores da Casa do Bacalhau devem migrar para o Portucale,porque o restaurante serve aos mesmas e pratos de bacalhau, mantém a fama de melhor bolinho de bacalhau da cidade e até a mão de obra foi absorvida pelo novo endereço.