O Mirante Lúcia Almeida e o largo de São Vicente, localizados no início da avenida 7 de Setembro, foram inaugurados na quinta-feira (4). As duas obras compõem a primeira fase do programa “Nosso Centro”, que propõe a reabilitação do centro histórico da capital amazonense.
O que antes era uma área degradada e em situação de abandono, com imóveis vazios, após a obra se transformou em área que terá impacto na vivacidade do Centro, com quatro estruturas: o mirante Lúcia Almeida, largo de São Vicente, casarão Thiago de Mello e Píer Turístico, com investimento total superior a R$ 60 milhões, com recursos da prefeitura.
Um show de inauguração foi montado pela prefeitura, com apresentações da cantora Vanessa da Mata, atração nacional, e dos cantores David Assayag e Arlindo Neto, atrações regionais.
O prefeito David Almeida afirmou que Manaus ganhou um novo cartão postal, que resgata o centro histórico e, principalmente, a autoestima da população que vive no berço da capital amazonense.
"É o novo cartão postal da cidade, o novo point da capital. Com isso a gente resgata a autoestima dos moradores do Centro e da cidade, no local onde ela iniciou. Este é um resgate que nós estamos dando para a cidade de Manaus. Estamos devolvendo um belo cartão postal para Manaus com esse investimento", enfatizou o prefeito que destacou o potencial econômico e turístico do mirante Lúcia Almeida.
"Nós vamos dar uma opção a mais para o turista e para o manauara, para que possa contemplar a nossa natureza. Aqui temos restaurantes, peixaria, sorveteria, bares, quiosques, vamos ter artesanato, culinária, tudo isso à disposição da população", informou.
Os primeiros visitantes destacaram os potenciais do mirante Lúcia Almeida, como poder admirar o Rio Negro e valorizar o Centro Histórico de Manaus.
"O centro é o meu lugar favorito da vida. Sempre quando posso eu venho para festas, shows, festivais, sempre estou por aqui, pois eu acho o centro muito importante. E eu espero com esse novo ambiente que as pessoas consigam visitar o centro", destacou o estudante Gustavo Fernandes.
Morando em Manaus há cinco anos, a advogada Luana Godoi, natural de Campo Grande (MT), levou mãe e tia para conhecer a novíssima atração de Manaus e ressaltou a beleza natural da cidade.
"É muito importante um espaço como esse, porque Manaus foi construída de costas para o rio, né? Ter uma vista como essa aqui, não é qualquer lugar que a gente conseguiria", ressaltou. A tia de Luana, que visita a cidade pela primeira vez, também valorizou o mirante. "Nossa, estou encantada. Tamanha beleza. Muito lindo mesmo. É de emocionar ter um espaço onde podemos contemplar a natureza", disse Telma Godoi.
Obra
Com projeto arquitetônico do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), o mirante Lúcia Almeida é o primeiro espaço público vertical da cidade. O prédio tem mais de cinco mil metros de área construída, 58 metros de comprimento e quatro andares (térreo e mais três pavimentos).
A prefeitura promove a ocupação não só artística, cultural e pública do mirante, mas também comercial, tendo licitado diversas operações para a diversificação do novo espaço. A partir de concorrência pública, o mirante terá permissionários, empresários, empreendedores e comerciantes, que vão atuar em lojas, quiosques, lanches e restaurantes.
Funcionamento
O mirante conta com 11 operações comerciais, desde café da manhã até lanches, restaurantes, sorveteria e drinks, com horários durante todo o dia e à noite.
De segunda a quinta-feira, das 10h às 23h, vão funcionar os dois restaurantes do espaço (segundo pavimento), os quiosques de petisco, boteco e hamburgueria (todos no terceiro pavimento), sorveteria (térreo), e uma loja estilo pub (térreo). Já na sexta e sábado, o horário será das 10h à meia-noite. No domingo, o mirante estará funcionando das 10h às 22h.
A única exceção nos horários é para o quiosque de café, que fica no terceiro pavimento, abrindo de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 15h às 20h. Aos sábados e domingos atenderá das 7h às 12h e das 15h às 21h.
Com uma área totalmente criada onde antes existiam lotes abandonados e sem uso, o largo de São Vicente tem passagem apenas para pedestres, somando mais 3,5 mil metros quadrados de um ambiente para ser utilizado por todos. O espaço é acessível e conecta as obras do “Nosso Centro”, tendo estacionamento exclusivo para portadores de necessidades especiais, idosos, grávidas e afins.