O Governo do Amazonas, por meio do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, divulgou nesta terça-feira (03/06) novo boletim sobre a cheia que atinge o estado. Segundo os dados mais recentes, 32 dos 62 municípios amazonenses já decretaram Situação de Emergência, refletindo a gravidade do cenário em diversas regiões.
Ao todo, 85.940 famílias foram afetadas, o que representa cerca de 343.748 pessoas impactadas diretamente. Todas as nove calhas de rios do estado seguem em processo de cheia, com os picos previstos entre março e julho, dependendo da região.
Nesta terça, mais cinco municípios passaram para Situação de Emergência: Barcelos, São Gabriel da Cachoeira, Santa Izabel do Rio Negro, Coari e Manaquiri, ampliando o número de cidades em condição crítica. Outros 28 municípios permanecem em Alerta, dois estão em condição de normalidade e nenhum se encontra mais em Situação de Atenção.
Ajuda humanitária já soma 250 toneladas de alimentos
Em resposta à emergência, o Governo do Estado já distribuiu 250 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável fornecidos pela Cosama, além de 10 kits purificadores do programa Água Boa. Os itens foram enviados principalmente para os municípios de Manicoré, Apuí, Humaitá, Borba, Boca do Acre e Novo Aripuanã.
Saúde reforçada nas regiões mais afetadas
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) também intensificou o apoio. Já foram entregues 72 kits de medicamentos, beneficiando mais de 35 mil pessoas em municípios como Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã.
Além disso, uma nova usina de oxigênio foi entregue ao hospital de Manicoré, com capacidade para produzir 30 m³ por hora, substituindo a estrutura anterior, que produzia apenas 12 m³/h. A cidade de Apuí recebeu seis cilindros de oxigênio como reserva, além de medicamentos e insumos hospitalares.
Operação Cheia 2025 segue em andamento
A Operação Cheia 2025 foi iniciada em 16 de abril, com o anúncio do governador Wilson Lima sobre o envio de ajuda humanitária, começando pelos municípios da calha do rio Madeira — os primeiros a decretarem emergência.
Monitoramento constante
A Defesa Civil do Estado reforça que o monitoramento dos rios é permanente e conduzido pelo Centro de Monitoramento e Alerta, que acompanha os níveis hidrológicos durante todo o ano.
