Diante da maior cheia do Rio Madeira desde 2014, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) entrou em ação para impedir o colapso no abastecimento de alimentos, remédios e outros itens essenciais em municípios do Sul do Amazonas. A pedido do prefeito de Apuí, Marcos Maciel, Braga articulou com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a liberação emergencial de balsas para transportar cargas bloqueadas na BR-230, a Transamazônica, que teve um trecho submerso pelas águas.
A enchente já afeta diretamente cerca de 70 mil pessoas nos municípios de Apuí, Humaitá e Manicoré. Em Apuí, mais de 500 famílias ficaram desalojadas. “O senador Eduardo Braga foi fundamental. Ele mobilizou o DNIT para garantir a chegada de balsas com 12 caminhões carregados com frios, medicamentos e água. Foi um alívio imediato para a população”, disse o prefeito, em entrevista à TV Band.
Com a rodovia interditada, a única alternativa de acesso logístico é por via fluvial. A atuação de Braga junto ao governo federal acelerou a adoção de um plano emergencial para garantir o fluxo de mercadorias na região, que vinha enfrentando riscos de desabastecimento total.

Emergência e contenção de gastos
Apesar de ter decretado estado de emergência no fim de março, a Prefeitura de Apuí evitou recorrer a compras com dispensa de licitação. “Optamos por buscar apoio institucional, e o senador atendeu nosso pedido com agilidade. Não houve aumento de despesa pública local para garantir o abastecimento”, reforçou Marcos Maciel.
Crise na saúde e impacto na educação
A precariedade no transporte também afetou diretamente a área da saúde. Pacientes em estado grave estão sendo removidos por aviões fretados com UTI, em um custo elevado para o município. A rede de saúde de Apuí passou a atender casos de emergência de Manicoré, cuja estrutura também colapsou com a cheia.
Na educação, o início do ano letivo foi suspenso. A ameaça de falta de combustível para geradores levou a Amazonas Energia a intervir com o envio de combustível por balsa, evitando apagões em escolas e postos de saúde. Ao todo, 59 pontes já precisaram ser reconstruídas desde janeiro. “Em apenas quatro meses de gestão, tivemos de refazer boa parte da malha viária destruída pelas chuvas”, declarou o prefeito.
Soluções logísticas em andamento
Com articulação de Eduardo Braga, o DNIT iniciou a contratação de balsas para fazer o translado de caminhões do trecho alagado até a parte acessível da rodovia. A viagem entre Humaitá e Apuí, que normalmente leva um dia, passou a durar até dois dias, mas garantiu o reabastecimento das cidades isoladas.
Além do transporte de insumos, a medida também viabiliza o escoamento da produção local, sobretudo de laticínios como queijos artesanais — uma das principais atividades econômicas da região.