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'Colômbia', suspeito de mandar matar Dom e Bruno, é condenado no AM

Ele confessou a participação na confecção do documento falso e alegou que seria para "legalizar sua situação no Brasil", onde tem esposa e filhos

Rúben Dário da Silva Villar, o "Colômbia", foi condenado pelo juiz Fabiano Verli, da Justiça Federal do Amazonas, pelo crime de falsidade ideológica. O homem foi preso suspeito de ter envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, no Vale do Javari, no Amazonas.

O homem compareceu à delegacia em julho de 2022 para prestar depoimento após ser apontado como um dos suspeitos de participar das mortes. Rúben apresentou um RG brasileiro falso.

Ele confessou a participação na confecção do documento falso e alegou que seria para "legalizar sua situação no Brasil", onde tem esposa e filhos. O suspeito também afirmou que tem "pouca instrução", o que o levou a praticar o crime.

Entretanto, para o juiz Fabiano Verli, "não há exatamente boa-fé em se mentir deliberadamente a nacionalidade", disse. "Algo que qualquer pessoa, instruída ou não, sabe que não pode fazer em hipótese alguma. Principalmente para se conseguirem documentos fundamentais", afirmou o magistrado.

Verli considerou o caso como "ato grave". “O documento falso põe tudo por terra em termos de segurança pública, combate à criminalidade, segurança jurídica, controle de fronteiras, direitos em geral. É uma chaga e a falsidade, de qualquer espécie (salvo os casos de dolus bonus), é ato grave”.

Na decisão foi estabelecida uma pena de 2 anos de reclusão e 90 dias-multa, mas há possibilidade de pagamento de prestação pecuniária no valor de R$ 15 mil, parceláveis em cinco vezes mensais, e pagamento de multa de R$ 5 mil ao Funpen. Se o valor não for pago, Rúben terá sua prisão decretada.

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