A Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) retomou, na sexta-feira (08/01), a coleta de plasma convalescente de pessoas que se recuperaram de Covid-19. O produto sanguíneo será disponibilizado para os hospitais que atendem pacientes internados em virtude do novo coronavírus.
A coleta do plasma funcionará por agendamento, pelos números (92) 3655-0166 e 98431-9920, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Os critérios para doação de plasma são idênticos ao processo de doação de sangue comum. Porém, para o plasma convalescente, o candidato precisa atender alguns itens específicos: ser do sexo masculino; ter entre 18 e 60 anos; comprovar que teve Covid-19, confirmado por meio do teste PCR; ter passado 30 dias após o desaparecimento total dos sintomas; e que não tenha tido hepatite B ou C, sífilis, HIV, HTLV ou doença de Chagas.
“Com o avanço das infecções no Amazonas, estamos retomando a coleta e vamos disponibilizar o plasma convalescente na expectativa de reduzir o tempo de internação e aumentar as chances de cura dos pacientes. A projeção é oferecer, pelo menos, mais 200 bolsas desse produto”, informou a diretora-presidente do Hemoam, Socorro Sampaio.
A produção do plasma contra a Covid-19 faz parte de um projeto de pesquisa aprovado pelo Conselho Estadual de Ética (CEP) e iniciado, em maio de 2020, na cidade de Manaus. A primeira fase do projeto foi de coleta, na qual foram produzidas pouco mais de 200 bolsas do produto biológico. A segunda fase foi de distribuição, quando aproximadamente 70 pacientes receberam transfusão de plasma com anticorpos contra a Covid-19.
Uso compassivo - Em todo território brasileiro, a utilização do plasma convalescente está acontecendo experimentalmente com anuência da Anvisa, de forma compassiva, ou seja, quando o profissional médico resolve utilizar o produto como alternativa de tratamento do paciente.
Resultados - Ainda não há resultados conclusivos pela comunidade científica sobre a eficácia do plasma convalescente. A avaliação dos resultados deve acontecer ao longo de 2021. No entanto, há fortes indícios de melhora significativa quando o produto é transfundido na fase inicial da internação do paciente com Covid-19.