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Combate à fome é tarefa de urgência, diz Vanessa

Na Câmara dos Deputados, candidata vai reforçar programa de Lula para retirar o país do 'Mapa da Fome'

A primeira tarefa de qualquer político “responsável e de bom senso” que chegue hoje ao Congresso Nacional, através das eleições de outubro, será a imediata defesa dos programas de combate à fome, o grande mal que devasta famílias na extrema pobreza, principalmente as crianças. O alerta foi feito pela candidata a deputada federal pelo PCdoB, Vanessa Grazziotin.

— Como dizia  sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que criou o Fome Zero, “quem tem fome tem pressa" –, comenta Vanessa observando que a insegurança alimentar cresceu em todo o país, mas as desigualdades regionais seguem acentuadas depois, principalmente nas regiões Nordeste e Norte, as mais afetadas pela fome.

“Enquanto no Brasil temos 15,5% dos domicílios com pessoas passando fome, no Norte esse índice sobe para 25,7%, e no Nordeste, 21%”, cita a ex-senadora.

Vanessa reforça que entre 2020 e 2022,  a fome dobrou em famílias com crianças de até 10 anos de idade. “É triste ter que dizer isso, mas hoje o número total de pessoas que passam fome superou os 33 milhões, um absurdo!” – lamenta a candidata.

“Erradicar a fome nãoé um compromisso político.É uma questão de sobrevivência E dignidade humana”

Para Vanessa, a fome  não é só problema de fator econômico, mas também de  falta de gestão pública.  Ela lembra que o Brasil saiu do Brasil do Mapa da Fome em 2014, durante a gestão da presidente Dilma Rousseff, mas retornou em 2019 com o desmonte de políticas públ9icas  que nortearam  as ações de combate à fome nos governos de Lula e Dilma.

Vanessa em caminhada pelas ruas com a 'Bancada das Manas'

— Erradicar a fome não é um compromisso político. É, sim,  uma questão de sobrevivência, de humanidade e de respeito à dignidade humana. O  governo Bolsonaro cortou, gradativamente, a verba do programa Alimenta Brasil, principal política de aquisição de alimentos via agricultura familiar e o resultado é esse que estamos vendo. É uma vergonha ver o Brasil de volta ao mapa da fome – lamentou e ex-senadora do PCdoB.

De acordo com a Organização Mundial das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o relatório que mede estado da insegurança alimentar no mundo aponta que o Brasil tem pelo menos 61 milhões de pessoas com insegurança alimentar, grave ou moderada. Isso significa que três em cada dez brasileiros passam fome.

“O desastre de Bolsonaro foi tão profundo que o quadro no país já é mais grave do que a média mundial. Enquanto no planeta a insegurança alimentar atinge 28,1% da população, no Brasil, o índice bateu 28,9%. De acordo com a FAO, em 2021, 823 milhões de pessoas passaram fome no mundo”, diz o relatório.

— Eleita, vou trabalhar para reforçar a determinação do presidente Lula de tirar, novamente, o Brasil da Mapa da Fome. Essa tarefa é urgente. Temos que lançar uma ação nacional  com a participação de todos os segmentos  da sociedade civil e setor privado para erradicar a fome do Brasil e dar o  mínimo de dignidade para estas famílias tão atingidas pela tragédia da falta de comida aos lares brasileiros – afirma Vanessa .

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