A Comissão Executiva do Partido Liberal (PL) em Manaus decidiu pela expulsão do coronel e ex-superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, de suas fileiras. A decisão foi comunicada ao presidente nacional da sigla, Waldemar Costa Neto.
O militar foi denunciado pelo deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) por chamá-lo de ‘Judas’ na época da votação da reforma tributária, a qual Alberto deu o voto ‘Não’. O parlamentar foi o único representante do Amazonas na Câmara a se posicionar contra a proposta que preserva a Zona Franca de Manaus (ZFM). O voto seguiu orientação do PL, pressionado pelo ex-presidente Bolsonaro.
Coube à Comissão Executiva Municipal da sigla em Manaus, presidida por Alberto Neto, a instauração de um processo ético-disciplinar contra Menezes para apurar a conduta do filiado, após determinação de Waldemar Costa Neto.
"Agiu o filiado em condições que caracterizam violação de seus deveres éticos. A postura do representado (Alberto Neto) passou longe de ser crítica, atingiu diretamente a honra e a imagem de um outro filiado, faltando com total urbanidade", afirma o relator da comissão de ética e disciplina do partido, Daniel de Lima Albuquerque.
Reação
Por meio das redes sociais, coronel Menezes afirmou que a decisão do diretório municipal do partido, “comandado pelo deputado Alberto Neto, já era esperada e não causou nenhuma surpresa”.
“Vamos agora buscar as instâncias superiores do partido para reverter uma decisão esdrúxula, absurda, descontextualizada e permeada por uma vontade pessoal do parlamentar. […] uma decisão assim, repleta de vícios na sua origem, fere acima tudo a nossa democracia e os 737.000 mil eleitores que votaram no Coronel Menezes em 2022. Vou buscar incessantemente a reparação desta decisão. Selva!”, afirma o militar.
