Ir para o conteúdo

Companhias aéreas que atuam na Amazônia estão sendo penalizadas com o valor do combustível

A disparada no preço do querosene (QAV) no País, já vem sendo considerada pelas companhias aéreas brasileiras como uma ameaça à competitividade. Na região Amazônica, onde a aviação enfrenta custos adicionais pela logística de operação, o impacto é ainda maior. Combustível utilizado na aviação, o QAV tem sofrido sucessivos aumentos, acumulando, somente nos últimos dois anos, alta de 82%, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Na semana passada, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) divulgou que o querosene atingiu seu valor mais alto desde 2002, chegando a R$ 3,30, incluindo os impostos. O presidente da Associação, Eduardo Sanovicz, destacou que a atual política de preços penaliza não só a aviação, mas diversas outras atividades que são de extrema importância para o país e que são influenciadas pela alta do combustível.

O vice-presidente da MAP Linhas Aéreas, Marcos Fernandes Pacheco, diz que o querosene de aviação representa o maior custo das companhias aéreas, correspondendo a 40% do valor das passagens aéreas. “Os sucessivos reajustes no preço do petróleo e a valorização cambial afetam diretamente no valor final das passagens, porque o querosene é cotado no mercado internacional”, explicou.

Ele considera necessário e urgente que se discuta a política de preço dos combustíveis, pois os consumidores são os principais prejudicados. Ressalta que o problema ainda é maior para as companhias que atuam na região, pelas peculiares que enfrentam e que acabam impactando no valor da passagem. Cita, por exemplo, a existência de poucos pontos para abastecimento das aeronaves, na Amazônia. “Isso significa que, se um avião tem capacidade para transportar 70 pessoas, ele precisa levar um número abaixo, para poder carregar mais combustível, já que muitos dos destinos são distantes e não tem como abastecer no caminho”, esclareceu.

Para garantir melhores preços aos passageiros, a MAP vem procurando, sempre que possível, aumentar a frequência de voos para os destinos em que opera, disse ele. “A ampliação da oferta de voos para um mesmo trecho conta muito na hora de diluir os custos da operação e, consequentemente, reduzir os preços. Aumentamos a frequência para Parintins de quatro para sete dias da semana. Coari, que tinha apenas um voo semanal, passou a receber dois. Com isso, é possível distribuir melhor os custos da operação e oferecer promoções, principalmente, para quem compra com antecedência.”, exemplificou.

A MAP, atualmente, opera voos para 14 cidades dos estados do Amazonas e Pará. No Amazonas, a companhia atende a capital, Manaus, além de Parintins, Lábrea, Carauari, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Tefé, Eirunepé e Coari. No Pará, tem voos regulares para Belém, Porto Trombetas, Santarém, Itaituba e Altamira.

Publicidade BEMOL
Publicidade ATEM
Publicidade TCE
Publicidade UEA
Publicidade CREA-AM

Mais Recentes