“A avaliação do Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQAVS) precisa mudar para trimestral. Não podemos continuar a fazer avaliação anual apenas para melhorar os indicadores como forma de apagar incêndios”. A proposta foi apresentada pelo presidente do Conselho de Secretários Municipais de
A proposta foi apresentada pelo presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (COSEMS-AM), Januário Neto, na manhã desta quarta-feira, 24/04, durante a abertura da programação especial alusiva ao Dia Mundial de Combate à Malária.
O evento aconteceu na sede do Governo do Estado do Amazonas, com a participação do governador Wilson Lima e representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SUSAM), Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e Ministério da Saúde.
Na avaliação de Januário, todos os órgãos da área de saúde (municipais, estaduais e federais) precisam estar unidos para uma resposta mais efetiva no controle da malária, principalmente no interior do Estado. “Precisamos do Estado como parceiro no monitoramento e avaliação, além de melhorar nos indicadores a questão financeira, a questão de orientação, das ações e melhoria na qualidade do serviço oferecido aos irmãos do interior”, afirmou.
O presidente do COSEMS-AM fez questão de destacar o trabalho dos técnicos da FVS, que têm construído um caminho de qualidade sobretudo na informação e apoio aos municípios. “Mas o trabalho não está 100% porque, infelizmente, a FVS vem perdendo os recursos financeiros que lhe são de direito e isso faz com que a instituição não esteja bem em todos os municípios, como deveria”, avaliou.
Januário foi duro ao comentar que “malária não se combate com tapinhas nas costas”. “É preciso ir à campo, desbravar a mata para conter o avanço dessa doença. Estamos apenas apagando incêndios por falta de recursos. Malária é doença de pobre, de preto, de índio e de ribeirinho. A indústria farmacêutica, por exemplo, não se interessa em atuar nessa área de forma científica. A gente ainda está combatendo malária no interior de forma rudimentar. Precisamos levar ciência para esse campo de batalha”, disse.