O Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina e a capacidade de produção será de até 100 milhões de doses
Os voluntários que querem participar dos testes da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, já podem se inscrever desde segunda-feira (13). Apenas profissionais da saúde podem se candidatar. Eles não podem ter sido infectados pelo vírus, não devem participar de outros estudos e mulheres não podem estar grávidas nem planejar uma gravidez por três meses.
Ao todo, serão selecionados nove mil participantes de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal, que vão começar a receber a medicação a partir da segunda-feira da semana que vem, dia 20. Essa é a última etapa dos testes – a chamada fase 3.
O gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Gustavo Mendes, diz que, agora, várias perguntas sobre a vacina deverão ser respondidas pelos pesquisadores. O Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina e a capacidade de produção será de até 100 milhões de doses. Se os testes forem bem-sucedidos, o instituto vai receber da Sinovac, até o fim do ano, 60 milhões de doses para distribuição.
O infectologista Esper Kallás, que coordena no Brasil o ensaio de fase 3 com a Coronavac, diz que a parceria vai facilitar a distribuição da medicação. A chinesa Coronavac é uma das três vacinas contra Covid-19 do mundo a chegar à fase final de testes. As outras são a da AstraZeneca, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Oxford e que já está sendo testada no Brasil, e a da Sinopharm.