O prefeito do Rio e candidato à reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos), foi alvo nesta quinta-feira, 10, de uma operação do Ministério Público e da Polícia Civil que apura suspeita de "pagamentos por fora" por empresas em troca de contratos com o município. São investigados no caso - chamado de "QG da propina" - crimes de corrupção e organização criminosa. Pela manhã, houve buscas na residência de Crivella e em duas sedes da prefeitura - o Palácio da Cidade, na zona sul, de onde ele despacha, e o prédio administrativo, no centro. O celular do prefeito foi apreendido. As informações do Notícias ao Minuto.
Na terça-feira, 8, o MP já havia cumprido mandado de busca e apreensão em endereço de outro candidato à prefeitura, Eduardo Paes (DEM). Paes ainda se tornou réu na Justiça Estadual do Rio por corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral, sob acusação de ter recebido R$ 10,8 milhões em caixa 2 da Odebrecht em 2012. Ele nega.
A ação de ontem, que mirou Crivella, é um desdobramento da Operação Hades, deflagrada em março, com base na delação premiada do doleiro Sérgio Mizrahy. Segundo o colaborador, empresas interessadas em contratos do Executivo municipal se reuniam no "QG da propina". Agora, os investigadores buscam comprovar a existência do local, que seria uma sala na própria prefeitura onde seriam acertados os repasses.