Os versos iniciais da marchinha de carnaval lançada em 1949 pelos compositores Paquito a Romeu Gentil continuam atuais quando o assunto é a presidência da Federação Amazonense de Futebol (FAF). Na tarde desta sexta-feira, 27/01, o atual mandatário da entidade, Dissica Valério Tomaz, tentará garantir mais um mandato, o que o fará chegar, caso se confirme, a 32 anos no poder. A matéria é do jornalista Thiago Fernando, do jornal Amazonas Em Tempo.
O rival na disputa será o empresário Mario Ivan, que já trabalhou no Nacional Borbense e no São Raimundo. O pleito eleitoral da FAF funciona de maneira simples. Cerca de 32 ligas desportivas do interior e 11 clubes profissionais tem direito ao voto. O candidato que obter maioria desses votos será declarado vencedor. O novo mandato começa a partir de janeiro do ano que vem.
O jornal Em Tempo teve acesso à pesquisa de boca de urna da eleição. Nela, a vitória de Dissica é dada como certa por uma diferença considerável de votos. Apesar das críticas recorrentes dos presidentes dos clubes locais e da falta de representatividade do futebol amazonense no cenário nacional, o cartola segue com a bola toda. Prova disso é que apenas três clubes – São Raimundo, Penarol e Fast – apoiaram a candidatura do seu adversário.
O presidente do Princesa do Solimões, Modesto Alexandre, adiantou que votará em Dissica, apesar de não gostar da sua gestão. O motivo da decisão foi um pedido feito pelo ex-dirigente do próprio clube, Holofernes Leite, mais conhecido corno Loló. “Assinamos com o Dissica. O Holofernes é um cara que ajuda muito o Princesa e resolvi atender esse pedido dele. O Dissica manteve as mesmas promessas. Não tem novidade quanto a isso, o Mário Ivan não negocia com o Princesa. Ele está negociando só com os amiguinhos. Se for para ficar só, prefiro votar no Dissica. Queria que o Dissica perdesse, mas vou votar nele por causa da dívida que tenho com o Holofernes”, disse Modesto.
Esperança de mudança, o candidato Mario Ivan acredita que poderá sair vitorioso da eleição. Caso consiga a façanha, sua primeira mudança será no regulamento da entidade. “Estou aguardando o momento da eleição. O que foi passível fazer, eu fiz para vencer. Acredito que vão aparecer 30 ligas e 10 clubes Assim, totalizam 40 votos. Eu acredito que terei 22 ou 24 votos. Temos que mudar a direção da federação. Se eu sair vitorioso, vou entrar em janeiro e mudar o estatuto. Acredito que qualquer cidadão brasileiro poderia concorrer ao cargo de presidente da FAF”, concluiu Ivan.
O Em Tempo também tentou contato com Dissica, que não atendeu as ligações e nem retomou à reportagem.