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David quer incluir outros grupos de profissionais como prioridades em vacinação

Durante entrevista concedida na manhã desta quarta-feira, 14/4, o prefeito de Manaus, David Almeida, revelou que já solicitou à Procuradoria Geral do Município (PGM) uma autorização junto à Justiça Federal para iniciar a imunização de professores da rede municipal de ensino e dos motoristas e cobradores de ônibus que atuam no transporte público. A medida seria adotada para garantir uma maior segurança aos profissionais que lidam diariamente com um grande número de pessoas.

David Almeida explicou que solicitou à Secretaria Municipal de Educação (Semed), uma nota técnica na qual conste o quantitativo de profissionais da educação que irão retomar as atividades no próximo mês.

“Acabei de falar com a PGM para que, junto à Semed, possamos buscar uma nota técnica para inserir os nossos professores no próximo grupo de vacinação. Preciso de uma autorização da Justiça Federal para que possamos vacinar contra a Covid-19, como foi feito com os profissionais da segurança. Temos em torno de 6 a 7 mil professores que precisam ser imunizados, para que possamos retornar com as aulas em maio. Mas precisamos voltar com segurança”, explicou Almeida.

O prefeito ainda lembrou que aproximadamente 2 mil professores já foram imunizados, pois participaram do programa experimental coordenado pelo Instituto Butantan.

Outros profissionais

Fora essa nota técnica, David Almeida garantiu que um estudo está em andamento para que o Ministério da Saúde (MS) autorize a inclusão dos profissionais do transporte público, entregadores delivery (motoboys), atendentes de farmácias e drogarias, e os servidores municipais responsáveis pela limpeza pública (garis), no grupo que será contemplado com as doses enviadas pelo governo Federal no próximo lote de remessas.

“Eles não pararam nem um minuto durante a pandemia, correndo o risco de serem contaminados com o vírus e levarem essa doença para suas famílias. São profissionais que também estão na linha de frente. Só na Secretaria de Infraestrutura, perdemos 80 servidores para a Covid-19. São profissionais que estão diariamente buscando deixar nossa cidade mais limpa, realizam obras estruturais e mantêm o direito de ir e vir da população. Por isso, vou buscar sensibilizar as autoridades para que possamos, com as próximas remessa, vacinar essas categorias”, enfatizou.

Ritmo de vacinação

Questionado sobre a diminuição no ritmo de vacinação no Estado, David Almeida explicou que o Amazonas, devido à diminuição no número de novos casos da Covid-19 e o agravamento da pandemia no restante do país, passou a receber menos doses que nas primeiras cinco remessas enviadas pelo governo Federal.

Todavia, o prefeito ressaltou que Manaus já utilizou quase 75% de todas as doses recebidas e está no topo do ranking das capitais que mais vacinaram.

“Das doses que Manaus recebeu, já utilizamos 74%. O restante é do lote de segunda dose que temos que aplicar. Da população vacinável, de 18 anos em diante, Manaus já vacinou 19%. Estamos muito além das metas e da média nacional. No Brasil, estamos com 10% de média. Manaus tem quase o dobro. A cidade tem cumprido as metas do MS. Já vacinamos pessoas de 60 anos para cima e Manaus é referência em vacinação. Daquilo que recebemos de doses, estamos utilizando”, afirma o prefeito.

David Almeida, também explicou sobre a dinâmica de distribuição das vacinas em relação aos locais mais impactados atualmente pela pandemia, de acordo com o quantitativo de casos de contaminação.

​“No in​í​cio da pandemia, foi criado um fundo de 5% do total das doses que seriam repassadas para os Estados. Esse fundo é destinado às cidades que estão enfrentando a pior fase da pandemia. No caso, o Amazonas estava mais impactado e recebemos essa quantidade a mais. Por isso que nos destacamos, ficando dois meses na liderança do ranking de vacinação. Hoje, os ​E​stados do Sul que recebem esse percentual a mais, devido o momento pandêmico que vivem lá. Mas ainda sim, a cidade de Manaus, está ​a​ frente de quase todas as capitais. O que tem impactado é a pouca vacinação nas cidades do interior”, salientou.

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