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Após a Justiça embargar a construção do anexo 2 da Câmara Municipal de Manaus (CMM),  o presidente da casa legislativa, David Reis (Avante), não presidiu a sessão plenária desta segunda-feira, 20/09. O fim de semana não foi tranquilo para o parlamentar que precisou recuar na licitação do aluguel de 41 picapes devido à pressão popular e de alguns vereadores que denunciaram os gastos milionários.

O processo de licitação da construção do anexo 2 da CMM por cerca de R$ 32 milhões foi  barrado pela justiça. Já o aluguel de 41 picapes por cerca de R$ 100 mil acabou suspenso por David. Ele justificou, em uma nota de esclarecimento, que a decisão é temporária e alegou que o edital passará por revisão.

Na sessão desta segunda-feira, a maioria dos vereadores continuaram indiferentes e silenciaram sobre os assuntos. Os únicos que falaram sobre a decisão da Justiça e a suspensão da licitação foram os vereadores Rodrigo Guedes (PSC), Amom Mandel (sem partido) e Capitão Carpê (Republicanos).

Apelo

O vereador Amom pediu para que os outros vereadores se posicionassem de forma contrária à construção do prédio anexo e também contra o aluguel de carros.

“Nesta segunda de manhã, faço apenas um apelo para que todos que não se manifestaram que se manifestem, portanto, contra. Que não assistam calados a população se contraindo e sendo humilhada”, alfinetou Amom, que junto com Rodrigo Guedes, foram os autores da ação popular para impedir a construção do prédio anexo da CMM.

“O povo não quer só mais um tapa-buraco na rua, não. Quer saber o que está sendo feito com o dinheiro que é do povo. Ouvi falar aqui que o dinheiro é da Câmara, mas o dinheiro é do povo, é da população”, opinou Rodrigo Guedes.

O vereador Capitão Carpê também opinou: “mais uma vez eu quero deixar nos anais desta casa que sou contra a construção da obra do anexo, bem como a locação do carro”.

"Querem fazer política"

Sem se posicionar, Allan Campelo (PSC) sugeriu que quem ficou contra os gastos quer se promover. “Sofro muitos ataques, venho sofrendo muitos ataques, porque infelizmente alguns vereadores, com pretensões eleitorais, querem fazer política em cima da nossa cabeça aqui dentro, jogando a população contra a gente, de forma injusta. O plenário é maior do que eu, quem nos elegeu, 41  vereadores, existe uma consciência coletiva que tudo o que acontece aqui nessa casa é votado e a maioria vai dizer sim ou não”, pontuou.

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