Em sua primeira coletiva à imprensa como prefeito eleito de Manaus, David Almeida reuniu um leque de vereadores eleitos, derrotados e nomes que possivelmente deverão compor o secretariado futuramente. David, que já havia anunciado o nome do primeiro secretário – Luiz Gonzaga Pereira, o 'Ló', para a Secretaria Municipal de Finanças (Semef) – confirmou o nome do segundo – Ele mesmo, Marcos Rotta para a secretaria de Infraestrutura (Seminf).
— Como eu disse, Marcos vai ser protagonista. É alguém que ajudou muito a cidade mas que não avançou mais por uma questão de egos de uma geração de caciques que a população decretou o fim ontem –, disse David.
Depois disso, o prefeito eleito anunciou o nome da Comissão de Transição formada por nomes como Tadeu de Souza Silva; do auditor fiscal de tributos estaduais da Sefaz-Am Luiz Gonzaga; do auditor de controle externo do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) Clécio Freire; Regina Fernandes e pelo engenheiro Alessandro Moreira.
— O vice-prefeito Marcos Rotta participará da comissão como apoio político. Ele vai ter que acumular (risos) – avisou David.
O futuro prefeito também fez questão de esclarecer que que aqueles os nomes que compõem a Comissão de Transição não significa que serão secretários. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Vacina
David garantiu também que um de seus primeiros compromissos quando assumir o cargo será comprar vacina para imunizar a população. “Muitas famílias estão sofrendo, enlutadas pela Covid-19, inclusive a minha”, lamentou David, que perdeu a mãe, d. Rosa Almeida, para a doença à véspera de sua vitória eleitoral.
Transporte coletivo
Também disse que não prometeu em sua campanha implantar o BRT para resolver o problema de transportes coletivo de Manaus, mas que existem outros modais em estudo.
—Você viu eu falar em BRT em minha campanha? Não prometi BRT porque não minto. Não sou mau caráter. Eu não sou de mentira. Se eu prometer algo me cobram que eu vou cumprir – respondeu o prefeito eleito, revelando pela primeira vez que recebeu propostas de um grupo de empresários chineses para implantar novas formas de Modais em Manaus. E até teve acesso ao Partido Comunista Chinês (PPC).
— Tive uma conferência virtual com eles e fui convidado para visitar o país, mas a pandemia impediu. Nem divulguei isso porque foi uma promessa do prefeito, lá atrás. –, respondeu David.
A pergunta do jornalista teve origem a um fato ocorrido na reeleição do atual prefeito Arthur Virgílio (PSDB), em 2016, quando ele apontou para o então vice, Marcos Rotta, à época no PSDB e disse:
— Ele é o homem da minha confiança que vai implantar o BRT.
Citado na pergunta, Marcos Rotta pediu para explicar o que houve. O vice-prefeito de ontem e de hoje explicou que, de fato, recebeu uma missão a época, exatamente nessa linha.
— E como sempre muto disciplinado que sou, avancei nessa questão e conseguimos montar um consórcio formado pela maior empresa que opera hoje no sistema de transportes em Manaus; pela maior construtora que temos aqui e a maior revendedora de ônibus volvo da América Latina –, detalhou.
Rotta garantiu que o consórcio foi formado, eles chegaram a fazer uma apresentação no Palácio Rio Branco e até existe uma Carta de Intenções internada na Prefeitura Municipal de Manaus deste consórcio para a implantação do BRT.
— Por que o BRT não foi implantado, por que esse consórcio não avançou, a pergunta deve ser dirigida ao excelentíssimo senhor prefeito –, alfinetou o vice-prefeito eleito.