Dos 62 municípios do Amazonas, 19 já estão sofrendo os efeitos da cheia deste ano. Com a subida das águas, cerca de 130 mil pessoas, o equivalente a 23 mil famílias, podem ser afetadas. Algumas cidades já estão em situação de emergência, atenção e alerta. As calhas mais atingidas são: Juruá, Purus e Madeira.
Na lista de municípios mais afetados estão: Guajará, Envira, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna, Pauini, Boca do Acre, Carauari, Juruá, Lábrea, Canutama, Tapauá, Humaitá, Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba, Nova Olinda no Norte e Beruri.
Entre os municípios em situação de transbordamento e com decreto de situação de emergência por inundação estão: Guajará, Envira, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna, Pauini e Boca do Acre.
Cidades como Carauari, Juruá, Lábrea, Canutama, Tapauá e Beruri já estão em situação de alerta por conta da cheia. já em estado de atenção estão: Humaitá, Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda no Norte.
Os municípios de Guajará, Eirunepé, Envira, Ipixuna, Carauari, Itamarati e Juruá estão com uma estimativa de 1/4 da população afetada. Segundo a Defesa Civil do Amazonas, “a cheia atual já se aproxima da última maior cheia de 2015, sendo assim causando um grande impacto às famílias ribeirinhas”.
Planejamento
De acordo com o Coronel Francisco Ferreira Máximo, Secretário Executivo da Defesa Civil do Estado, o governo já antecipou o planejamento de ajuda humanitária para 19 municípios. A quantidade, definida com base no histórico do fenômeno natural nos últimos dez anos, pode ser maior, conforme a evolução da subida do nível do leito dos rios.
“Estamos conseguindo dar a primeira resposta, estamos com vários técnicos nesse momento nas calhas, dando as assessorias necessárias e contribuindo com a assistência”, reforçou o coronel.
Manaus
Nos primeiros dois meses do ano, a cota do Rio Negro em Manaus subiu muito mais do que o esperado, atingindo 17 centímetros em um único dia, em 20 de janeiro. O aumento acende um alerta, pois a média está muito parecida com a de 2012, quando aconteceu a maior cheia da história do Rio Negro, que alcançou 29,97 metros.
Nesta quinta-feira, 04/03, segundo o Porto de Manaus, o Rio Negro está com 25,88 metros, aparentemente longe do seu recorde. No entanto, especialistas apontam que, historicamente, a cheia atinge seu ápice nos meses de junho e julho. Outro ponto-chave é entender como que funciona o processo da cheia do Rio Negro em Manaus, que não depende apenas dele em si, mas também de outros rios, como o Rio Madeira, Branco e principalmente o Solimões.
A cheia do Rio Negro em Manaus responde a uma série de fatores. Os dois principais são: a quantidade de chuva nas áreas de drenagem do rio, desde a sua cabeceira (nascente), até a capital do estado; e também a cheia do Rio Solimões, que impacta diretamente nos números do Rio Negro.
Fonte: Toda Hora