Com a ausência dos dois candidatos que lideram as pesquisas de intenção de votos – Eduardo Braga (PMDB) e Amazonino Mendes (PDT) –, o primeiro debate da Band foi morno, só esquentando no final, quando o candidato da Rede/Psol, Luiz Castro acusou a candidata do PP, Rebecca Garcia, de já ter feito parte dos governo que levaram o Amazonas ao caos.
Rebecca não gostou e mostrou suas garras para cima de Castro, respondendo que não é politica, foi preparada para ser gestora, a assim como ela, o deputado também tem um passado que o compromete e entristece, pois fez parte do governo Eduardo Braga como secretário de produção.
— Estou aqui porque minha candidatura é viável e as primeiras pesquisas já apontam que, no segundo turno, eu derroto o candidato Eduardo Braga e no segundo estou empatando tecnicamente com o candidato Amazonino – rebateu a ex-deputada.
Cinco candidatos participaram desse primeiro debate da Bande. Rebecca Garcia (PP), Luiz Castro (Rede), Zé Ricardo (PT), Marcelo Serafim (PDS), Wilker Barreto (PHS), Liliane Araújo (PPS). O candidato Jardel foi barrado pela produção da emissora.
Os candidatos que mais acusaram foram Marcelo e Liliane. No segundo bloco, Marcelo detonou o vice de José Ricardo, o deputado Sinésio Campos (PT), que num passado não muito distante foi líder do governo Braga.
— Não tem abraço com o Amazonino e com o Braga, que tanto mal fizeram ao nosso estado – disparou Serafim.
A candidata Liliane achou “engraçado” o adversário Zé Ricardo falar em combate à corrupção quando pertence ao PT. “Falar é fácil, quer ver fazer”, atacou Liliane.
No tema Desenvolvimento do Interior não faltaram propostas que, se aplicadas, poderiam sim resolver o estado de abandono em que vivem s municípios. Como a proposta de José Ricardo de favorecer pequenos fornecedores do interior, comprando a produção da agricultura familiar.
Luiz Castro lembrou que, quando prefeito de Envira foi o primeiro a regionalizar a Merenda Escolar. Segurando no pulso esquerdo, Castro disse que “aqui não tem amarras. É possível fazer com seriedade, ética e competência”.
Ao responder sobre infraestrutura, o candidato Wilker disse que defende o novo não pelo novo. Para ele, não basta se auto intitular de “o novo”, como muito candidato se vangloria, se ao sentar na cadeira de governador, não saber distinguir planejamento de orçamento.
— Não entendo como se gasta R$ 100 milhões na Cidade Universitária… foi o mesmo que jogar o dinheiro fora.
Se Braga e Amazonino continuaram evitando os debates, a tendência é de que os demais sejam iguais a este: morno. Jardel precisa de uma chance.