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No último duelo antes das eleições suplementares de domingo, 06/08, a Rede Amazônica/Globo reuniu oito dos noves candidatos ao governo do Amazonas, colocando frente a frente Amazonino Mendes (PDT), Eduardo Braga (PMDB), Luiz Castro (Rede/Psol), Rebecca Garcia (PP), José Ricardo (PT) Marcelo Serafim (PSB), Wilker Barreto (PHS) e Liliane Araújo (PPS).

Pelo avançar das horas (começou às 22h40 e acabou às 01h10m), o debate teve momentos de sonolência e deixou a desejar em relação aos grandes confrontos que todos esperavam acontecer, principalmente entre adversários históricos como Amazonino versus Braga e as duas candidatas mulheres, Rebecca versus Liliane. Mas, a essa colisão não aconteceu.

Entre os candidatos, o que apresentou melhor performance, passando segurança, informação, apresentando propostas com pé no chão e reafirmando as trajetória de político independente foi Luiz Castro, que fez críticas duras aos adversários, mas sem baixar o nível.

Até o experiente Amazonino reconheceu, quando fez pergunta para o candidato da Rede, sua performance como prefeito de Envira, no final dos anos 1980.

— Aqui nesse pulso ninguém pega! – disse Luiz Castro, repetindo o gesto de apertar o punho esquerdo com a mão direita.

Amazonino Mendes voltou a destacar sua experiência e repetiu várias vezes que ninguém vai cumprir promessas mirabolantes em tão pouco tempo. “Mas temos que trabalhar ara arrumar a casa Tudo começa a partir daí”, disse. Ele também garantiu que, se eleito, retoma a Ação Conjunta com a Prefeitura uma das maras de sua administração nas três vezes em qe foi governador do Estado.

O debate também teve momentos de alfinetadas, quando Marcelo Serafim, numa réplica a Amazonino questionou em tom mais agressivo:

— Amazonino, você vive repetindo que o ama o Amazonas e que o estado está destruído. Mas, destruído por quem, Amazonino? Pelo Melo que apoia sua candidatura!

Amazonino negou que o governador cassado o apoie e disse que se isso fosse verdade ele não rejeitaria Melo. “O Melo não me apoia. Não tem nenhum registro disso. E por quê? E porque foi espezinhá-lo, porque ele agora está embaixo. Não, eu não o rejeitaria. Ele é um ser humano”, respondeu o candidato.

Rebecca também demonstrou disposição, mas tropeçou algumas vezes no próprio nervosismo, falando com voz trêmula e esquecendo trunfos que poderiam ser explorados com mais competência, como a primeira Delegacia da Mulher, que criou como secretária de Estado e esqueceu ao responder uma pergunta sobre Políca da Mulher formulada por Wilker Barreto.

— Olha só, a gente faz tanta coisa que acaba esquecendo! –, consertou a candidata.
Aliás, antes de fazer perguntas, Wilker avisou que ali, era um candidato que não tinha o apoio de ninguém . “Nem o político mais importante do meu grupo me apoia”, disse, referindo-se ao prefeito Arthur Virgílio (PSDB), que apoia Amazonino.

Ao contrário dos outros candidatos, que pregam cautela pelo curto espaço de tempo e pela falta de dinheiro do governo que vão herdar, Eduardo Braga disse que tem pressa e quem está vendo o filho ser morto e não tem remédio para a saúde “não pode esperar”.

— Se precisar, vamos buscar dinheiro emprestado –, anunciou Eduardo, criticando que hoje existem 75 mil pessoas na fila esperando por cirurgia e 45 mil esperando para fazer uma ultrassom.

O petista Zé Ricardo tentou alfinetar Rebecca, acusando-a de, quando deputada federal, ter traído Dilma e apoiado o governo de Temer para ser superintendente da Suframa. Mas Becca deu o troco:

— O candidato é maldoso. Na eleição do impeachment da presidente Dilma eu nem estava lá.

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