O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, anunciou nesta sexta-feira (24) que irá assinar na semana que vem o contrato com a instituição escolhida para fazer a gestão do CBA. Inaugurado há mais de 20 anos, o CBA enfrenta um imbróglio institucional e passou anos para enfim ter personalidade jurídica definida.
"Hoje, o CBA opera com 10% do seu potencial e pode fazer muito mais pela pesquisa. Temos um caminho enorme pela frente e o CBA vai fazer muita diferença. A Zona Franca é de Manaus e do Brasil e isso vai refletir positivamente no país inteiro", adiantou Alckmin.
Com este passo, antes vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), passa a ter personalidade jurídica própria, ganhando maior autonomia para captar recursos públicos e privados e ampliar suas atividades. O decreto qualifica a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea) como organização social que passa a gerir o CBA.
Instalado em um complexo com área construída de 12 mil metros quadrados, o centro tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento econômico e sustentável da região amazônica através do estímulo à inovação, ao empreendedorismo e à geração de negócios sustentáveis baseados nos recursos naturais da Amazônia.
Em visita ao CBA nesta sexta-feira, Alckmin destacou sua importância como uma nova matriz econômica para o Amazonas. “Não há bioeconomia sem pesquisa aplicada e geração de patentes. A bioeconomia poderá ampliar o mix da Zona Franca de Manaus e garantir a sustentabilidade do modelo”, afirmou.
Potássio
O vice-presidente da República lembrou ainda que o Brasil é o maior produtor de alimentos do mundo e precisa importar 98% do potássio utilizado no agronegócio. Para Alckmin, o Amazonas poderia ter um papel crucial em atender essa demanda, citando Autazes como um município promissor que poderia receber investimentos nesse sentido.
CAS
A primeira reunião do CAS em 2023, e a primeira presidida pelo Mdic desde a recriação da pasta, teve como novidade a participação do Ministério dos Povos Indígenas. Na pauta aprovada pelos membros do CAS, estão 44 projetos industriais e de serviços, que estimam investimentos totais de cerca de R$ 1,8 bilhão e a geração de mais de 1,6 mil novos empregos na Zona Franca de Manaus.