O delegado da Polícia Federal (PF) Umberto Ramos, amazonense e atual adido da PF na embaixada brasileira em Roma, foi o responsável direto por localizar e reunir provas que culminaram na prisão da ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP) na capital italiana. A informação foi revelada pelo jornalista César Tralli durante a programação da GloboNews nesta terça-feira (29).
De acordo com Tralli, Ramos — que já foi superintendente da PF no Amazonas e é especializado no combate ao crime organizado e crimes ambientais — atuou de forma incisiva na operação. “Ele foi atrás, com uma equipe muito pequena, identificar o local onde Zambelli estava. Fez fotos, imagens, montou um dossiê e encaminhou tudo para a polícia italiana”, relatou o jornalista.
Zambelli havia fugido para a Itália após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos e 8 meses de prisão por envolvimento com uma organização criminosa digital. Considerada foragida, a ex-parlamentar teve a extradição oficialmente solicitada pelo governo brasileiro.
O trabalho do delegado amazonense foi crucial para que as autoridades italianas pudessem localizar a ex-deputada. Segundo Tralli, Zambelli não estava escondida, mas “vivendo normalmente” em território italiano. A atuação precisa de Ramos e o intercâmbio com a polícia local foram determinantes para a captura da bolsonarista.
A prisão de Zambelli representa um marco na cooperação internacional da Polícia Federal e reforça o papel estratégico dos adidos da corporação no exterior — cargos ocupados por delegados experientes e de alta patente.
